[Refrão]
Haverá sempre a morte, haverá sempre a vida
Haverá sempre o silêncio, haverá sempre a batida
Haverá sempre o homem, haverá sempre a mulher
Haverá sempre aqueles que comem e aqueles que ficam a ver
Haverá sempre a guerra, haverá sempre a paz
Haverá sempre alguém que fale bem
E alguém que fale por trás
Haverá sempre o amor, haverá sempre o sexo
Haverá sempre alguém que entretém
E alguém que fale com nexo
[Verso 1]
Nem sempre temos o que temos
Mas nunca teremos o que já tivemos
O tempo corre rápido enquanto cá 'tivermos
Pensa em tudo o que dizes agora
E em tudo o que já dissemos
Monotonia do céu ou o jogo do Inferno
O importante é pensarmos que não somos eternos
Do cerne da questão, é fácil a resposta
Ou vives a vida de frente ou carregas a morte às costas
Mas quando o vazio da vida faz valer o risco da aposta
Podes procurar bem porque a chave não 'tá à mostra
O jogo 'tá viciado, será indiferente o caminho por qual optas
Todos teremos o mesmo fim
A parte com mais interesse é o trajeto
Seja certo ou errado, longe ou perto
O céu está a descoberto
Se não te meteres à minha frente, eu acerto
Quando se luta, pensa-se na paz
Em paz pensa-se na guerra
Nesta pirâmide, o topo erra
Mas quem sofre é quem 'tá junto à terra
É a criança que berra, a mãe que não ouve
O pai que enterra o filho
No primeiro buraco em que ele coube
Haverá sempre momentos de alívio, momentos de desfoco
O importante é que os bons sejam suficientes
Para podermos esquecer os outros
Mesmo que haja muitos saberá sempre a pouco
Mesmo que sejas são, haverá sempre alguém que te ache louco
[Refrão]
Haverá sempre a morte, haverá sempre a vida
Haverá sempre o silêncio, haverá sempre a batida
Haverá sempre o homem, haverá sempre a mulher
Haverá sempre aqueles que comem e aqueles que ficam a ver
Haverá sempre a guerra, haverá sempre a paz
Haverá sempre alguém que fale bem
E alguém que fale por trás
Haverá sempre o amor, haverá sempre o sexo
Haverá sempre alguém que entretém
E alguém que fale com nexo
[Verso 2]
O que é mau, dificilmente muda
Mas o que é bom, muda facilmente
Hoje é uma coisa, amanhã é outra bem diferente
Somos impotentes
Pelo simples facto de sermos ignorados por toda a gente
Será que amas quem te ama, veneras quem despreza
Será que alguma vez de alguma coisa teremos certeza?
Da pêga, da princesa, da alegria, da tristeza
Do abstrato, do concreto, do predador e da presa
A pureza, é um risco que se corre
A alma indefesa é logo a primeira que morre
Vou fazendo o que se pode nesta vida obstruída
Tentando-me animar, a força que 'tá quase perdida
Azedada pela ganância, a última das corridas
Tendo o precipício a meio metro da meta
Podes ganhar
Mas perdes tudo de seguida por teres ido tão depressa...
Confusões na cabeça que a tudo e todos atravessa
Construção e realização de um sonho peça por peça
Rimas escritas em forma de promessa
'Tou-me a cagar sinceramente, a tua opinião não me interessa
Devagar ou depressa mas sempre calmo e sereno
'Tou a jogar em casa, 'tou a jogar no meu terreno
[Refrão]
Haverá sempre a morte, haverá sempre a vida
Haverá sempre o silêncio, haverá sempre a batida
Haverá sempre o homem, haverá sempre a mulher
Haverá sempre aqueles que comem e aqueles que ficam a ver
Haverá sempre a guerra, haverá sempre a paz
Haverá sempre alguém que fale bem
E alguém que fale por trás
Haverá sempre o amor, haverá sempre o sexo
Haverá sempre alguém que entretém
E alguém que fale com nexo
Haverá sempre a morte, haverá sempre a vida
Haverá sempre o silêncio, haverá sempre a batida
Haverá sempre o homem, haverá sempre a mulher
Haverá sempre aqueles que comem e aqueles que ficam a ver
Haverá sempre a guerra, haverá sempre a paz
Haverá sempre alguém que fale bem
E alguém que fale por trás
Haverá sempre o amor, haverá sempre o sexo
Haverá sempre alguém que entretém
E alguém que fale com nexo