Djavan
Azedo e Amargo
Ela é chegada
Em azedo e amargo
Leite com sal
E outros bodes
Se ela fosse planta seria
A comigo-ninguém-pode
Em seus cabelos
A curva da fita
Prende a flor da madrugada
Mas nas unhas se vê
O quanto é aflita, invocada
Por amor, ando por onde for
Por você faço o que for
Pra viver, deixa vir
Diz-me por onde ir
Corre atrás, pra não ter dúvidas mais
Verga esse traço
Que a induz à solidão
Deixa que um abraço
Em sua onda de calor
A revele, leve, apta até pra ilusão...
Sonho percorrê-la
Por estradas vicinais
Conhecer por dentro
Como a luz nos cafezais
Pra contê-la e tê-la
Nos lençóis vazios
Dos meus ais