Baco Exu do Blues
Senhor do Bonfim
[Letra de "Senhor do Bonfim"]

[Intro]
Dedos molhados não julgam
Dedos molhados não julgam, não julgam, não julgam
Dedos molhados não julgam
Dedos molhados não julgam
Dedos molhados não julgam, não julgam, não julgam
Não julgam, não julgam

[Verso 1]
Embriagado, jogado na cidade
Questiono minha sanidade, não tem solução
Insistem em me dar remédios
Me sinto sufocado entre as paredes desses prédios
E entre o tédio, outra vez no psiquiatra
O que é claro pra ele, pra mim tem forma abstrata
Tenta me tratar, maltrata minha inteligência
Às vezes até duvido da sua existência
Tosse, torce pra não ser tuberculose
Se sair sangue fudeu, ih, neurose
Outra dose, pânico congênito
Nessas ruas tem mais merda que papel higiênico
Cachaça amolece meu corpo, me sinto anêmico
Que merda é essa de polêmico
Que merda é essa de polêmico
[Pré-Refrão]
Fazendo a lavagem na cena, eu sou o Senhor do Bonfim
No princípio era verbo e meu verso é o fim
Fazendo a lavagem da cena, eu sou o Senhor do Bonfim
No princípio era verbo e meu verso é o fim

[Refrão]
Dedos molhados não apontam e não julgam
Ê, ê, ê, ê, ê
Dedos molhados não apontam e não julgam
Ê, ê, ê, ê

[Verso 2]
Alguém que nunca sentiu o que eu sinto
Me julga como um pai, em posse do cinto
Alguém que nunca sentiu o que eu sinto
Me julga como um pai, em posse do cinto
Alguém que nunca sentiu o que eu sinto
Me julga como um pai, em posse do cinto
Alguém que nunca sentiu o que eu sinto
Me julga como um pai, em posse do cinto
E eu, amo quem eu quiser, vivo como eu quiser
Faço o que eu quiser, nada vai me parar, irmão
Eu faço o que eu quiser, eu amo quem eu quiser
Vivo como eu quiser, nada vai me parar, irmão
[Refrão]
Dedos molhados não apontam e não julgam
Ê, ê, ê, ê, ê
Dedos molhados não apontam e não julgam
Ê, ê, ê, ê