Baco Exu do Blues
Nordeste City
[Refrão: Dactes]
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)

[Verso 1: Dactes]
Sem aturar filho da puta me olhando torto
Peso morto, não move meu cash, nós é preto, moço
Olha o gueto e o povo, lek
A mente pede mais que ipads
Mais grana pra ter milhares, hectares, mais de mil
Lares em diversos mares
Olha, saca nossa vida não é tão diferente, mano
O lance é que nós não tava escalado pro time
Mas sempre estivemos no campo
O que era vida agora é trampo, mais
Um cano apontado pra sua testa
E a morte lá na porta só esperando a brecha
Meus pivete é bruxo, só não testa
Cês vão ver bicho, com essa grande peça
Meça suas palavras, puta
Nós vive na labuta
Foda-se o que eles vão dizer
Nordeste é o fluxo
Antes de matar preparado pra morrer, nós é
[Verso 2: Baco Exu do Blues]
Cuidado, em Salvador a favela corta
Frita os cagueta, dono de boca torta
Se é pra fritar, então frita com dendê
Pois esse é o final certo para os boca de "mindê"
Segura as condição, rap é minha profissão
Vacilão vai ser cobrado na pegada Lampião
Peixeira no bucho é luxo
Tá com medo, ladrão?
Lei soteropolitana
Vai perder os dedos da mão
Ei, como é fazer rap na terra do axé?
Mais fácil o Feliciano entra pro candomblé, então
Ei, como é fazer rap na terra do axé?
Mais fácil o Feliciano entra pra o candomblé
Blaw!

[Refrão: Dactes]
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)
[Verso 3: Sico]
No comando é o Sico
Mirando em muitos porque o limite
É muito mais do que eu quero e eu vejo
A gente não tinha nem a faca
Agora tem o queijo na mão
Presta atenção
Baco falou que não teste, mas teste sim
Cês vão se fuder, quando o Nordeste fazer girar
O nosso próprio capital
Fazer quem era jogado pra escanteio virar artista principal
Mais que o normal, já que fazemos mais que o dobro sempre
Assassinando trap na terra do oxente
Nordeste é agreste, é a peste, é a seita, é o cometa
Vocês são guarita
Até penso rimar o que cês vive
Mas aqui na favela morre 3 por dia
Diz como é que fica?

[Verso 4: Farell]
Nós nunca falhamos na fala
Sem deixar rastro, sem cometer falha
Fumando cigarro de palha
E se tentar tirar, o nego cospe brasa
Diretamente do PJ, joga lá no Google
NaCalada é que destrava, e é cobrado o furo
Nordeste a peste, no modo obscuro
E é tanta ideia torta, os cara não visa o futuro
E ainda em cima do muro, só desce levando murro
Dei o papo, aqui se encontra o produto mais puro
E que se foda os boatos
Na caça, eu não vejo os putos
Ataca na defensiva, ainda quer sair com o lucro
É cada um por si e sempre foi assim na terra
Meu tempo é ouro
Então na pista não amarela
Vem engomar aqui
Dentro da favela
É o fluxo, onde a morte é a sentença
[Refrão: Dactes]
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)
Deixe eles longe de mim
É melhor assim
Dos cantos mais sujo
Nordeste City, sujo
(Se moscar é trá-trá-trá)