DJ Caique
Depoimento
[Verso 1: Bispo]
Eu vou falar um pouco pra quê?
Vou falar pa quem?
Vou dar mais do que eu tenho e mais do que quem tem
Pra quê?
Pra ser um zé ninguém!
Disseram-me que a vida é feita de sonhos
Mas eu tô com sono, não dá pra sonhar!
Perguntaram na escola, no tempo dos contos
Quais eram os sonhos que eu queria alcançar
Queria realizar muita coisa
Foi-se a força… vai-se às vezes…
Queria uma família, uma cria nos braços
E não tantos nomes nessas paredes
União pros rapazes
Vi ases da bola suar camisolas no palco
Falo da rua e assaltos
Fizeram bazar qualquer base
Disseram-me "Pedro, tás quase"
É um facto!
Fui atrás do que é meu
Com guerra e paz
Fui atrás e fui eu o culpado do que o karma traz
Ou do que ele trouxe
É frequente, a vida dá troco
E eu não me contento com pouco
Só lamento um momento ou outro
Tempo bem louco, sorriso no rosto
E aqui tô no posto a dizer o que eu quero
Com palavras a ser sincero
Qualquer desgosto já foi um martelo
Ainda há juízes a meter o nariz e são bués, não exagero
Às vezes eu penso em bazar, começar do zero
Mas, mano, se há uma missão, então eu reconsidero
[Refrão: Morena]
Eu vou dia a dia
Nem sempre é como eu queria
Cá dentro somente a magia
Quem sente, sabe que arrepia
Sabe que nada dura para sempre
É tarde se a cura for a doença
É tarde se a postura não compensa
Marca a diferença
Eu vou dia a dia
Nem sempre é como eu queria
Cá dentro somente a magia
Quem sente, sabe que arrepia
Sabe que nada dura para sempre
É tarde se a cura for a doença
É tarde se a postura não compensa
Marca a diferença

[Verso 2: Bispo]
Passando uma beca à frente
Tô na back sempre de quem me rodeia
Andando já bem diferente
Com uma mala sempre e barriga cheia
Aquilo que era diferente
É que antigamente a vida era cheia
De momentos que pa nossa gente
Faz sempre ser crente que é pa vida inteira
Prometi a mim mesmo que o ia fazer
Só prazer, ninguém me obrigava
Amigos de infância, eu vi-os crescer
Conheci quem ouvia sem lhes ver a cara
Palavras são pagas
E algumas são pagas com o corpo
Tar vivo ou tar morto
Activo ou no lodo
Mano, quanto custa o conforto?
Também não sei, pago pa ver
Nunca quis ser capa, quis matar a sede
De quem por bem trata ou tratou mais cedo
A vida é brinquedo, e tu só experimentas
Tu erras e depois lamentas
És inocente, no fundo tu tentas
É peso que aumentas
Cada falha dá-te algo, pelo que tu representas
Brinda à raiz, Mem Martins
Um aprendiz, palavras pra quê?
Querem saber do Bispo
E daquilo que eu fiz e eu na minha a riscar à vontê
Parece cliché? Parece o caralho!
Não tenho q provar o que eu valho
Eu arrisco por isso é que eu falho
E tá visto que invisto eu trabalho!
E antes que seja tarde
Que o mundo acabe
Que eu enlouqueça
Fico mais um bocado, acordado
E mato a cabeça
E antes que esta vontade
Vá pra outro lado
Ou desapareça
Eu corro mais um bocado
Como se o cansaço
Fosse uma doença
[Refrão: Morena]
Eu vou dia a dia
Nem sempre é como eu queria
Cá dentro somente a magia
Quem sente, sabe que arrepia
Sabe que nada dura para sempre
É tarde se a cura for a doença
É tarde se a postura não compensa
Marca a diferença
Eu vou dia a dia
Nem sempre é como eu queria
Cá dentro somente a magia
Quem sente, sabe que arrepia
Sabe que nada dura para sempre
É tarde se a cura for a doença
É tarde se a postura não compensa
Marca a diferença

[Outro: Morena]
Essa vida é resultado de trabalho e fé
Só sentir quem tá do lado se você quiser
Tudo vem pra quem sabe fazer agora