DJ Caique
Op. 171 - Malditos Políticos
[Intro]
Demorou
2010, 2011
A verdade é feia
Shawlin Nojento
Akira que me perdoe, mas foi Shawlin na presidência esse ano
Nós ganhamos
É tudo meu, quer dizer, é tudo nosso
Tamo junto hein?

[Verso 1]
Eu piso nessa bosta como se eu fosse um maldito patrão
Finalmente alguém do povo, alguém com estilo ladrão
O que me separa do chão é o mesmo que me pôs no topo
E o mesmo que por água e pão foi e votou em mim de novo
Dá pra ver que não são bobos, só num se olham no espelho
Pois temem a visão do lobo nesse chapeuzinho vermelho
Eu tenho um coração na esquerda, e ele é a cara da Microsoft
Afinal quem não quer uma teta de um estado obeso e forte?
É nós que tá no embole ou dá ou desce, tu escolhe
Pros jornais calarem a boca, a censura que eu faço pode
É permuta por propaganda minha bermuda não poupa grana
Tenho muito lá nas Bahamas, dá um troco que o povo não encana
Eu implorava, Deus que eu ganhe, fiquei rico é a minha vez
Pra estourar logo um champanhe igual quem eu sempre critico fez
E louva-se a pátria, finalmente o quadro muda
Eu governo da Dinamarca os nossos cidadãos de Cuba
Eu ganhei o Pimp do ano por ter 100 milhões de putas
Doei os meus cordões só num paguei minhas prostitutas
Então eu chamo meus cumpadi, minha gente, minha voz
Se oferecerem um bem me pague, já sabe que, é nós

[Refrão]
Mensalão: Tamo junto! De União: ganho muito
Democracia? Não é comigo. Hugo Chávez: nosso amigo
Às FARC, aquele abraço! A FAB – dá um bonde
Valério, valeu o contato! Ô Evo Morales, tu desce aonde?

[Verso 2]
Eu só
Flutuo e brilho junto as massas, observe minha elegância
Sei que te fiz promessas vastas, quem não? Não tem relevância
Se eu ainda encho-lhe a pança e ponha sua fé no meu chapa
Que eu te dou cesta e cachaça, garanto sua ignorância
Em troca tu me dá teu voto, e brilha através de mim
Vai falar que um dia já comeu um caviar tão bom assim?
Nem vai, custa caro irmão, por isso te propomos
Já que eu te represento então, deixa comigo que eu como
E agora que eu to na bala, rapá, ninguém mais me para
O Polvo me têm como ídolo, a Polva me tem como tara
Não sei se é porque sou bonito, ou se é porque eu to com a minha máfia
Se é porque engordei meu partido ou porque dei oi na farmácia
Botei um irmão de ministro no reino que eu administro
Agradecido me deu uma fazenda, que não pode constar nos registros
Ia botar o amigo no fisco, mas não preenchia os critério
Ô Braço! Não seja por isso, eu crio outro ministério
Pra mim nunca tem mistério, verba é só grana do povo
Igual ouro é só minério, o que eu roubo é grana dos outros
Pergunta pro Marcos Valério, e pro tanto que tem ainda é pouco
É o sujo falando do roto e o roto bombando no estéreo
Bagulho aqui é sério, “vamos juntos nessa onda”!
É bem mais fácil governar sem ter eu mesmo votando contra
Tudo lindo, na moral, tamo indo sem igual
Porque molhando as mãos certas qualquer merda tem aval

[Refrão]
Mensalão: Tamo junto! De União: ganho muito
Democracia? Não é comigo. Hugo Chávez: nosso amigo
Às FARC, aquele abraço! A FAB – dá um bonde
Valério, valeu o contato! Ô Evo Morales, tu desce aonde?