Allen Halloween
Hora De Ponta
[Verso 1: Johnny Ganza]
S'imbora
Nha rap
Kapa

Bye bye replants

Cuidado companheiro (calma companheiro)
Não brinques com o meu dinheiro
Eu tou a correr como um correio
Pó meu filho ser herdeiro
Respeito qualquer sujeito
Seja puto ou paneleiro
Mas[?] desrespeito com receio
Que não te perdoo, pataqueiro
Mas ya, rapaziada, movimento assim-assim
Talvez o mal dos outros seja bom p'a mim
Dinheiro, perdô[?], guita, cash, pilim
Paca, vida de K. vivida até ao fim
Hora de ponta e tu parado
P'a quê? Na merda ficas
Eu ando na loucura mais a minha menina
Kuza di vida crazy, yo bolso com guita
Uns quantos a virem clien-Tele da kiza
Dou para trás e para a frente
Hora de confusão, coração quer bater mais
Cuidado c'a pulsação
Y. K. hora de ponta, vai com calma doidão
Esse teu rap, nha B, é c'a realidade, não
É rimas com açúcar, bumbas nas telenovelas
Parece a Cinderela a dizer que é da favela
Cumprimentos (nha rap) àquelas mas não à Floribela
[Verso 2: Allen Halloween]
Mais um dia na street, man, n***as on the run
We live by the gun, son, you die by the gun
Eu sei que a minha vida não vale um tirante
Sou um pequeno traficante na Babilónia, man
Stress tá na zona, mano, stress tá na zona
Não durmas em Lisboa na hora de ponta
Dealers vêm carregados, criolo é o mais espigado
Cabelo descolorado, ouro por todo o lado
É a inveja, é a maldade, misturadas com vaidade
Rap é o único escape da nossa realidade crua
Movimento underground subiu ao chão da tuga
Digras orientam-se num round e dão de fuga
Olha o herói e o campeão ainda tão na rua
A sangrar por um tostão como a raia miúda
Eles não vêm que os anos vão e vêm as rugas
N***as não entendem a situação, não
Não me dês bom dia, policeman, eu sou um kriminal
Se o dia me corre bem, a ti te corre mal
Não sabes que viste a minha cara na esquadra ou no jornal?
Não te deu tempo p'a marca-la, já passei o sinal (vai, vai, vai, vai, vai, vai!)
Chibo, tchau (tchau), tou na praga, quem me deve hoje paga
Eu sou aquele amigo que te visita de madrugada
Levo luvas, levo máscara, levo tudo o que tens em casa
Levas tu e a tua cabra. Reagiu? Leva bala
O homem que dispara já não foge da polícia
É a vida, rest in peace fantasia
Gangsters vêm, gansgsters vão, na roleta do canhão
Uns pensam largar o crime, mandar pistola ao rio Trancão
Mas aqueles inimigos que nunca te esquecerão
És apanhado desprevenido: um tiro de três-oitão
Eu não, eu não sou carne p'a canhão
O olho gordo desses filhos da puta a gente fura sem perdão
[Verso 3: Ká Tha Brabo]