Harold
MARFIM
[Intro x2]
Se o pulso sangrar
Se o tempo fugir
Se a dor me rasgar
Se o corpo cair
Com os pés no chão

[Verso 1 - João Tamura]
Nas primaveras de ti: a tua pele é marfim e tocar-te...
A tua mão é cetim a queimar-se -
O fogo transforma-te em arte
Sentes-te amada quando chegas a casa?
As palavras que davas são facas: grita o dinheiro que nos falta!
Na cama - tragédias romanas, regras régias que amas,
Vénias à pele que é soberana, incendeias as rédeas e veias.
Odeias aquilo que eu sou... a dócil leveza da queda.
Volto ao vazio do teu corpo - regresso à beleza da guerra!

[Refrão]
Se o pulso sangrar
Se o tempo fugir
Se a dor me rasgar
Se o corpo cair
Com os pés no chão

[Verso 2 - Harold]
Como posso fingir se eu sentir tudo?
Sabes-me atingir e ferir tudo.
Fizemos, quisemos o mundo
Senti-me sortudo e fugiste para o teu escudo.
Agora penso... o tempo é imenso e de ti dispenso,
Aquilo que me dizes não me convence
Era tão intenso o calor do teu corpo e o aroma daquele incenso...
E o cheiro ficou em mim,
Gemidos não soam igual, virou tão banal
Porquê que fiquei assim?
Já viste como tempo voa? e como ele voa sem nós?
Sonhámos com uma casa em Lisboa ao teu lado até sermos avós...
Só temos passado, não há presente nem o após,
Há um sentimento que nos une, mas há uma linha entre nós!
Queres ficar e ver a seguir? o pulso sangrar e ver-me partir?
O chão rachar, o mundo cair? o tempo parar e eu a fugir nele?
Se o pulso sangrar, eu deixo. o tempo fugir, eu vejo.
O mundo cair... se eu voltar atrás é só para ter o teu beijo.
Se o mundo cair, eu vejo. o tempo fugir, eu deixo.
Se tiver que mentir ao futuro, eu minto
Só para matar o desejo em mim...
[Refrão]
Se o pulso sangrar
Se o tempo fugir
Se a dor me rasgar
Se o corpo cair
Com os pés no chão