Victor Xamã
MONALISA
[Letra de "Monalisa" com RT Mallone & Victor Xamã]

Esse relógio na parede é raro, Monalisa
Eu eu nunca vou saber o quanto tempo vale
Sofrer por arrependimento é a maior covardia
E a cruz sobre os meus ombros impede que eu fale
Nem toda palavra bonita forma poesia
Eu visto essas mentiras tipo máscaras pro Baile
Mas se eu falasse a verdade você ficaria?

Quando o espelho se torna um inimigo em comum
Tem algo de errado com o mundo ou comigo?
Se a única certeza da vida é a morte, então toda ação é uma perca dе tempo?

Eu tenho questionamеntos rasos
Desrealização na alma
Um universo em desencanto
Já fiz muita coisa errada, mas

Se eles querem meu sangue é melhor cavar
Porque eu tenho me sentido tão vazio
Nesse tom macio, de azul ciano
Tô alucinando ou esse inferno é frio (memo)?

Tipo um sonho que eu nunca acordo
E a corda no pescoço já é adereço
Se pá eu mereço, tá geral de acordo
Aqui até o mais ladrão vai pagar o preço
Esse mundo é máquina de matar preto, pobre
De quem vai morrer negando isso
Se eu pegar a líder das paquita pra Cristo
Pra quitar a dívida de quem acha lindo

Ser tão preterido e os pré requisitos desses cara me faz o alvo preferido
Seu Deus é bom demais pra tomar partido
Já morri a tempos e ainda tô partindo

Esses relógio na parede é raro, Monalisa
Eu eu nunca vou saber o quanto tempo vale
Sofrer por arrependimento é a maior covardia
E a cruz sobre os meus ombros impede que eu fale
Nem toda palavra bonita forma poesia
Eu visto essas mentiras tipo máscaras pro Baile
Mas se eu falasse a verdade você ficaria?

Monalisa
Uma Vida
Divida…

Lendo “Já disse” de Paulo Leminski
Se tu vacila a vida te dar um drible
A Brisa daqui não é a mesma de lá
Tua voz no meu ouvido é o barulho do mar
O que sinto nos caracteres não cabem
Passando hectares sentindo o vento na cara
No passado esbarro, no futuro escoro

A maré invisível que me leva até você mami
A noite que convida mais um porre
Vivo na cidade grande se dobrando tipo origami

Olhar condutor
Conectados como se tivesse na cabeça um fio de cobre
Quero descobrir o tesouro
Mas parece que o tesouro escolhe quem descobre

Nem tudo nas mil maravilhas
Abro tua braguilha
Você é uma inquilina
No meu coração devendo aluguel

Nem tudo nas mil maravilhas
Abro tua braguilha
Você é uma inquilina
No meu coração devendo o aluguel

Esses relógio na parede é raro, Monalisa
Eu eu nunca vou saber o quanto tempo vale
Sofrer por arrependimento é a maior covardia
E a cruz sobre os meus ombros impede que eu fale
Nem toda palavra bonita forma poesia
Eu visto essas mentiras tipo máscaras pro Baile
Mas se eu falasse a verdade você ficaria?