Victor Xamã
I Can See The Sun
[Verso 1: Victor Xamã]
Aí de mim!
Ditar como tudo deve ser aqui
Aí de mim!
Sentir que tudo sei
Liquidificador de sonhos: Brasil
Tempo sombrio
Faz frio
O vazio sentiu
Por água abaixo o que foi construído
Nos olhos, a disposição de quem “pull the trigger”
Escrevo alguns versos em queda livre
Jogo minha vida em um lance livre
Acerto palavras na mira
Mesmo que não mire
Se melhor me virem
Pedras não atirem
Cortina de ferro no céu
Sonhos resistem até um certo limite
De longe a platéia me assiste aposta em mim (all in)
Pra se perder não existe convite
Olhar com atenção o reflexo do vidro da vitrine
Beijar o teu corpo me faz sentir cheio de vida
Todo metrópole fala em tom triste e priva
Olha meus olhos dois faróis de milha
Rápido brilho atento na esquiva
Ela disse “me pilha que fujo contigo”
Jogo de azar ou interesse
Primeiro plano se não o segundo
Desesperada corrida de tudo
Quando escurece retorna ao teu mundo
Um bom poeta sóbrio nem um segundo fica
Percussões não param na minha cabeça, liga?
Alucinações que fazem parte dessa peça quando toda luz desliga
Olhar da presa o ataque convida
Com real inimigo na minha cabeça todo dia convivo e rimo
[Refrão]
I can see the sun
I can see the sun
I can see the sun

[Verso 2: Zudzilla]
Direto eu penso…
E como que nóis vai vencer deles
Se nossa ambição ainda é tênis
Ando nessa linha tão tênue
Julgamentos não me pertencem
Que suas ações te condenem
Quem sabe que deve não treme
Reino minha cabeça e ergo muros que protejam
Minha consciência dos ataques de quem nunca teve uma
Lembro de mim mesmo pra não esquecer coisa alguma
Quando eu não tiver mais nada
Seguro nos sonhos que já tive
Mesmo que ainda pareçam distantes
Mesmo que no instante seja só crise
Sinto-me no aclive intacto e apto
Pra conduzir pelo menos minha própria vida
Certeza sentindo a brisa da Glória
Não era pro'cêis ter entrado nessa briga
Céu pesado cinza (Uh)
Sobre meus ombros esgaçando a gola da camisa
Ela queria abrir os meus olhos
Minha teimosia é minha virtude
Ela diz que sou um labirinto
Ou um misto de amor e ódio
Que sente toda vez que fode comigo
Tropeço onde piso é que costumo só observar as coisas por cima
O coração batendo estoura como carabina
Toda tua razão acerca do que tu não vives
Direto colide com minha experiência de vida
Pode botar fé e não duvides quando digo
Que eu sei muito mais do que exponho
Trago o brilho do luar na minha alma
Enquanto minha cabeça pega fogo
Os olhos ardem quando eu volto da sombra
Era escuro antes, porém, agora (yeah)
I Can See the Sun