Victor Xamã
Cédulas de Diferentes Tons
[Intro - Áudio]
Também, mano, partilho disso. Dá uma saudade da porra de sair, mano, tá ligado. Dar um rolé pela rua. Tu é leso, é?
Ahn, yeah, yeah
V Xamã, pescador de alívio

[Verso 1]
Siga-me os bons
E as cédulas de diferentes tons
É só questão de tempo pra que alguém se machuque…
O mundo é mentiroso e injusto
Uso artimanhas tipo no Golpe Duplo
Aprendi um novo truque
Passei com a arma letal escondida na cuca
Respeitem os mais velhos, menos os bolsonaristas
Tantos marginalizados de quem será a culpa?
Nas área deuses brincam sempre de par ou ímpar
E pra mãe viúva quem que vai pedir desculpa?
Sucesso ou consciência limpa?
O ódio na tua alma finca
Isso preocupa, cuidado onde procura justiça
A mentira bem contada é uma droga e vicia
A tristeza chega sempre bem tímida
Esse mundo sem amor intimida
Todo mundo quer viver tranquilo antes dos 30
Por isso é fácil me perder e surtar
As maletas com as lembranças deixei na rodoviária
As antigas, desapegar, as novas colecioná-las
O pôr do sol mais rosa que o sal do Himalaia
Meus planos na calada
Vou jogar pro mundo quando a poeira baixar
(Baixa a bola, baixa a bola, baixa a bola, porra)
[Verso 2]
E se eu fosse uma muralha impenetrável
Sei que isso não chega nem perto da minha personalidade quando estamos sós
Justamente aí que mora o problema, justamente ir
Não era o poema
Juntamente vi a hora certa pra dizer adeus
Mentira, meu erro é compartilhar demais meus planos
Talvez isso não significa eu, mas sim o que deveria ser
O mundo é ingrato e sempre vai haver uma “competição saudável”
Ou quando você tiver no limbo, alguém grita lá de longe:
"é a vontade de Deus, era pra ser"
Que seja, eu preciso ser mais, o futuro está nas folhas de Nadi
A verdade é o barulho das minhas vértebras na quiropraxia