Victor Xamã
Olhos de Rio
(Victor Xamã)
Conheci alguém que sonha em ser alguém
Irmão tu já é alguém
Olho no espelho não vejo ninguém
Voce virou refém de si mesmo


Placas de compra e vende
Tá cedo pra esse movimento
Seus olhos brilham fortes
Como holofotes sei que tem alguém ai dentro


Muito fala, pouco movimento
Muito fala, pouco movimento
Muito fala, pouco movimento
Pouco movimento, pouco movimento


Muito fala, pouco movimento
Muito fala, pouco movimento
Muito fala, pouco movimento
Pouco movimento, pouco movimento


Amar é dizer não
Perder a razão e viver
Ando distante pra não me perder
Eles não tem ao que recorrer
Ando distante

(Daluz)
Maldita gaiola sem céu
Maldita queda sem chão
Maldita costura do véu
Maldito frio coração


Mau hábito
Os prende em telas pequenas ou grandes
Às vezes quebradas
Algemas invisíveis ou simplesmente coexistência ligada


Não tem pra que pedir explicação
Domingo à noite eu preso na folga
Em casa lá fora o barulho do Bar desafora
Queimando na brasa


Esses olhos de rio escuro
O sol chamando pra fazer brilhar


(Victor Xamã)
Eles não tem ao que recorrer

Esses olhos de rio escuro
O sol chamando pra fazer brilhar


(Victor Xamã)
Ando distante pra não me perder


Por onde te encontro
Por que nunca te esbarro?
Tropeçando em detalhes do mundo
De mãos dadas estou com o acaso


(Daluz)
Se falo demais me atrapalho
Dizem que o poeta é falho
Perto pensamento imundo
To distante por isso me calo


(Victor Xamã)
Amar é dizer não
Perder a razão e viver
Ando distante pra não me perder
Eles não tem ao que recorrer
Ando distante

(Daluz)
Esses olhos de rio escuro
O sol chamando pra fazer…