Victor Xamã
Aéreo
[Verso: Fernando Vário$ & Luiz Caqui]
Incenso no ar, suor no colchão
No monitor de vídeo um filme de ficção
Feliz e o triste são o mesmo ser em colisão
Por que tu não me disse que era só ilusão?
Como mísseis somos, seres humanos, com planos infalíveis
Enquanto isso passam os anos mas não apaga a tinta
O tempo mata e te sufoca mas não apaga a tinta
Da mesma forma como nada pagará a vida
Aéreo, esconderam o chão ou a queda é alta demais
Tempo é ouro, mortais
Meu tesouro não encontro se não deixo o cais
Então até mais, então até mais
Então até logo, breve
Sede e fome ao pódio
Corre firme enquanto pode
Livre, leve, preso ao corpo
Choro e vivo
Nasço, morro e sinto
Volto quando ser e não quanto ter
Conto pra você quando chegar lá, o que fazer?
Um novo amanhecer renascerá após anoitecer
O que oferecer? Se não há nada em ti, nem porquês
Porque tanto me pergunto?
A culpa acaricia rodeado pelos vultos
Eu me perdi na imensidão de um segundo
Quem planta colhe, então cuidado com seus frutos
Brincadeira de adultos, guerra de ego
Enterraram filhos e construíram prédios
Pra todos seus padrões o meu dedo médio
Essas falsas relações tem me causado tédio
Vasto universo, abençoado seja meu caderno
E toda vida que habita no terreno
Só sei que inércia não gera movimento
Contrario quando afirmo que o tempo não existe
Entendo, tipo, não sou exemplo
So garimpo sample e deixo limpo o templo
Teu olhar: Contemplo
Não ceder: Eu tento
Não consigo, quero tanto te-lá perto flor
Uma pena que pegou fogo
Pétalas que se foram
Cinzas ao vento se foram
Fodo todo jogo, nojo desse fórum
Moro que se foda junto com o Bozo, chora
Quero din no bolso agora
“Corre, cara, foge logo!”
Cala a boca, sai do calabouço
V Á R I O $
QUA$IMORTO