Froid
Foi
[Verso 1: Rafael Pereira]
Foi seca, foi alma oca, boca que profere a morte
Foi corte que arde no couro, mal agouro pra uma vida
Descida desenfreada, insanidade assumida
Foi o desejo mais falho, os calos na mão da Frida
Foi queda no precipício, hospício, inimigo interno
Foi drama escrito em caderno, viagem de ida ao inferno
Foi vício desde o início, foi cruz e também espada
Mas se foi, e hoje em alívio eu digo que é nada

[Refrão: Froid]
Me diz o que que eu vou fazer se ela voltar
Mano, diz o que que eu vou fazer se ela não for
Sei que dá prazer, acho que não dá pra morar
Cê quer me decifrar, mas só se eu me decompor, amor
Me diz o que que eu vou fazer se ela voltar
Mano, diz o que que eu vou fazer se ela não for
Sei que dá prazer, acho que não dá pra morar
Cê quer me decifrar, mas só se eu me decompor, amor

[Verso 2: Rafael Pereira]
Foi repetição do todo, lodo até o pescoço
Osso pra matar a fome, foi sem nome e sem teto
Sem afeto ou caminho, sem carinho ou condição
Foi pé descalço em falso, sem rumo e sem condução
Foi confusão desleal, mudança de opinião
Foi falta do que é real, foi hora sim e outra não
Foi não saber o que falar e calar por sentir demais
Mas só foi, e hoje eu sou grato por não ser mais
[Refrão: Froid]
Me diz o que que eu vou fazer se ela voltar
Mano, diz o que que eu vou fazer se ela não for
Sei que dá prazer, acho que não dá pra morar
Cê quer me decifrar, mas só se eu me decompor, amor

[Verso 3: Froid]
Escolhi um filme pra gente se amar gostoso
Você aprendeu como se faz, tô orgulhoso
Então fica no alcance que o mundo tá perigoso
Não importa o meu deslize, eu sorrio e sigo o curso
Não há motivo, hoje eu quero ficar tranquilo
Eu vi que a bad trip é vazio, deixa entrar
Mano de xarope, eu peguei e tomei o vidro
Não esperei o mundo me dar uma colher de chá
O universo ainda é menor do que o futuro
Do sono profundo, eu tô aqui pra te acordar
É do outro mundo, é sonho de vagabundo
O plano é curto, eu volto pra comemorar