[Verso 1]
Hoje é dia de festa no hospício
Demônios tentam me afastar do meu vício
Head Shot de eletrochoque me deixam loque
Um corte, estranho, um toque sem foque
Faz a cabeça endoidar
Prisão acolchoada, chibatada, manadas de línguas amputadas
Meios de bloquear a palavra
Porém, hoje veneno no cérebro não tem
O manicômio foi tomado e advinha por quem?
Doutor hoje tem tratamento especial pra você
Vai ficar horas e horas vendo TV
De menu alta dosagem da conturbada viagem
Frutos da sua imagem
Você vai adorar! Pode crer!
Balelas medicinais trazem transtornos mentais
Drogas experimentais, falsos lobbys da paz

[Refrão]
Hora do remédio pode abrir a boca
Hoje não sou eu quem veste a camisa de força
Meus pensamentos não serão roubados
To de saco cheio de ser dopado
Sua pílula ao mundo já fez muito estrago
Causa dor e terror
Quem receitou?

[Verso 2]
Criação do mal seu gene letal direto no sistema nervoso central
Traz o bisturi Dr Hannibal
Sem relatório no sanatório ilusório
Outro banho gelado no lavatório
Excesso de cobaia no meu laboratório
Incisão, excisão, amputação, extração, remoção, separação
Métodos que controlam a perda abstrata da razão
Estanca o sangue, sangue, sangue suga sangue
Dou inicio a cirurgia do efeito bumerangue
Tem pra tua veia
Vem sangue incendeia
Além do que encandeia
Quem que dá uma peia
Sem chance de defesa
Tristeza maldita que compõe a mesa
Se banha na cruel façanha
Laranja Mecânica traz de volta a Era Vitoriana

[Refrão]
Hora do remédio pode abrir a boca
Hoje não sou eu quem veste a camisa de força
Meus pensamentos não serão roubados
To de saco cheio de ser dopado
Sua pílula ao mundo já fez muito estrago
Causa dor e terror
Quem receitou?

[Outro]
Uma cura pra cegueira
Eu quero uma cura pra cegueira