[Letra de "Casa de Irene" com Costa a Costa]

[Intro]
Os dias tristes são como
Longa rua silenciosa
De uma cidade deserta
Deserta e sincera

[Refrão: Agnaldo Timóteo]
Dias sem esperança
E esta saudade de ti

[Verso 1: Don L]
O que esses caras quer de mim?
Que essas gatas quer de mim?
Querem me cobrar
Querem me julgar
Querem me condenar
Mas não querem nem perguntar
Como eu me sinto. Foda-se
Eu me viro. Mova-se
Vagabundo contra o mundo
Eu não dependo de um puto
Querem tudo, dão nada
Querem juro, ó os cara
Querem quando eu devo mas
Quando devem querem mas nem pagam
E querem o que eu tenho, mesmo tendo
Querem meu talento
Querem ver do que eu penso
Comprar o que eu não vendo:
Minha honestidade, lealdade
Sinceridade, amizade
Quanto vale?
Se eu vacilo já tão me vendo
Se eu tô fudido, quem tá fudendo?
Motivo tem quem tá vivendo
Não entendo não me rendo
Nos dias tristes
Eu tenho que seguir firme
E é assim, enfim
Não posso desistir
Caminhando nessa longa rua
Pensando nessa vida dura
Evitando as viaturas
Os vagabundo e as vagabundas
Sonhando como sempre
Lembrando quando eu passei por aqui
Procurando onde ir
Comprando ilusão na Casa de Irene
Quando vi que tem gente entra tem gente que sai
Simplesmente na casa de irene a deprê se vai
[Refrão: Agnaldo Timóteo]
Dias sem esperança
E esta saudade de ti

[Ponte]
"São estes dias
Como se fossem feito de pedra
Como um grande castelo vazio
Onde reina a solidão"

[Verso 2: Don L]
Decolei na nóia
Vacilei viajei
Olha, mah, passa a bola
Agora se é da boa
Mah, bora
Decolei nas vagabunda
Decolei na rua das amarguras
Mah, agora tanto faz
Quanta loucura, querem mais
Toda hora é hora
Quando seus chapa lhe diz: bora, bora
Sai fora
O mundo roda
Vagabundo onde se acorda
Na casa de Irene
Quando vem o sol nascente
Ressaca, mah, sente
Ressentimento, arrependimento
Mah, teme nas curtição não
Era tão ... tão frio
Vazio, coração tão vadio
Então era mil e uma perguntas
E 'cê já viu, nunca responde nenhuma
Puta que pariu!
O que 'cê vai fazer pra vencer
Quando seu pivete nascer
Como vai ser?
O que 'cê tem pra oferecer?
Pra quem recorrer?
Quando vem os dias triste, deprê
Não insiste em responder
Quer saber quem tá fodendo pra você
Quem levaria a cruz com você
Quando 'cê vê porque
É assim que tem que ser
Faz o corre chapa porque o mundo vai
Passa na cara pra sempre
Nada é de graça muito menos na Casa de Irene
[Refrão: Agnaldo Timóteo]
Dias sem esperança
E esta saudade de ti

[Saída: Don L]
Tá ligado
Tem gente entrando e saindo, primo
Tem uns que entram e nunca mais voltam
Mas tem quem entra e sai... quem entra e sai
Quase sempre volta um dia, tá ligado?!
Uma noite, às vezes procurando uma resposta
Mas ela... ela só tem como calar perguntas
Tá ligado?!
Pelo menos por uma noite
Esquentar o sangue, relaxar a mente
Esquentar o corpo, acelerar o coração
Mas sem derreter o gelo
Na Casa de Irene
Eu não posso voltar
Porque eu tô procurando a saída
Tá ligado?!
Não a fuga
Eu tô procurando a vitória, não o fim do jogo