Fuse
Sem Censurar
[Letra de "Sem Censurar"]

[Intro: Fuse]
Escuta com muita atenção
Escuta com os cinco sentidos
Pois nunca se sabe quando estamos prestes a ouvir algo
Que pode mudar para sempre a nossa vida

[Refrão: Mariana]
Agora sei, ninguém me pode segurar
Cabeça livre, não me vou mais censurar
Sinto-me bem e assim quero continuar
Cabeça livre, não me vou mais censurar

Agora sei, ninguém me pode segurar
Cabeça livre, não me vou mais censurar
Sinto-me bem e assim quero continuar
Cabeça livre, não me vou mais censurar

[Interlúdio]
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
[Verso 1: Papillon]
Isto é uma viagem de cinco sentidos
Para quem tem sentido e nisto se tem identificado
Então considera-te advertido, sem advertise
Mano *click*, faz skip na publicidade
É pão pão, queijo queijo, é para 16
'Pa tudo o que vejo, apenas um peixe no cardume e
P'ro people com saudades dos temos do Salazar
Tomei a liberdade de trazer barras que te deixam encarcerado
Qualquer filho de uma meretriz (Ouviste?)
As minhas barras batem tipo Trinitis no Matrix
Se o peixe morre pela boca eu nunca byto o isco
Sem papas na língua e não 'tou a falar do Francisco
Sou tipo o Francis nisto, difícil de acompanhar
Até podes dar joelhada, mas não podes rotular
Não podes censurar, se pego no roller bazo
Escrevo e dropo fogo das mãos, Kamehameha!
Segredo não 'tá nas cunhas nem na massa
Segredo é que uns trabalham e outros põem a mão na massa
E em vez de vires com truques na manga, arregaça
Porque eu cago nas etiquetas tipo a roupa da praça
Não me ponhas na caixa, que dela nunca fui refém
Eu não sou mainstream, e não sou under também
E sei que há muita bitch no mesmo encantador de cães
Mas eu não 'tou nessa lane, não rimo o que convém
Eu faço como posso, como sinto e como vem
Sem censura
[Verso 2: Prizko]
Rap remonta à década de 70
Encontra em Bronx força onde se tenta
E monta uma cultura adjacente
A tantas outras que a sustenta
Onde em cada elemento [natura?]
Em que ela se alimenta que consegue mente dura
E ainda hoje se assenta
Na base da altura
O rebento foi Kool Herc em block parties
Dá-se pura importância a soundsystems
Fortes só que frágeis
DJ's batalham por divertimento
Sem desacatos, em garagens
Baralham os pratos com ânsia em movimentos ágeis
A título de curiosidade
Coreograva-se breaks no beat já nesta idade
Com o scratch em prioridade
Backspin de Grandmaster Flash foi novidade
Por consequência este convida convida dois amigos
Cowboy e Melle Mel
Com potência nos bustos à medida a juntar-se ele
Essa aderência foi sentida, a participação na festa
Com frequência a provocação política por quem contesta
É de esperar confronto lírico, num estado insípido
E prosperar o contorno nas ruas tão ríspido
Atravessar [?], nem que fosse extinto
Exemplo à pré-histórico e permanecer distinto
Porque quem como nós, dê cem de litro
Não baixo a voz nem nela ponho um filtro
Podia vir *pi*, com represálias e bicos
Por não ter tido censura, várias vezes nos escritos
Por não ter tido censura, várias vezes nos escritos
[Interlúdio: Mariana]
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura
Sem censura, sem sem censura

[Verso 3: Neck]
Anarquista lirical com um ponto vista critical
Terrorista essencial à tomada da capital
É oficial, não opcional, a força especial (Chegou)
Instinto animal saltou (Quebrou)
Barreiras à maneira antiga com estilo distinto
A enfiar dedos na ferida, antes [?]
Para uma geração convencida que a subida de estatuto
Está no estilo, é o fruto do consumo excessivo
Capitalista, consumista é o cifrão
A falar mais alto, [?] corrosivo com um milhão
Todos querem, preferem passar um coche de fome
Para por o Porsche ao lume, isto é sitcom
[shit?], essa não some, essa não dorme
Essa só come a perform' de gente honesta que não presta Vassalagem à lavagem cerebral mundial
Que se manifesta em tudo o que é setor social
E nada resta, nada presta, a conversa está no swag
Uma sweat aumenta o ego, um like o intelecto
É certo que o cérebro não dá mais que isso (Não dá!)
Porque o QI é todo gasto na escolha de um piso
Vira o disco toca ao mesmo, pisa o risco vira mimo
Fecha a boca, gesticula, vira de homem para menino
Eu 'tou próximo do cimo, eu sou o próximo, assumo
Sem censura e papas na língua, eu vou tomar o cume

[Verse 4: nastyfactor]
Um limão, meio limão, dois limões, meio limão
Trava línguas, não me engano, tenho boca de leão
Rebelião, a cada palavra dita acredita irmão
Até a Bíblia foi escrita por mais do que uma mão
Medo comanda e toda a gente anda com ele
E manda ganda raiva quando começas a vê-lo
Mas ás vezes mais valia o people não perdê-lo
Para não ficar a pensar merda e depois falar pelos cotovelos
Já a minha gente fala tudo à pala do que o olho gala
Ainda que mal eduque verdade à lei da bala, esse é o truque
Mas a gente só encontra contra informação
E gente formatada de pouca formação
Liberdade não implica excesso de expressão
Mas sim validade, e tenho uma ligeira impressão
Que a televisão não ajuda, julgas que é clichê?
Só espero que Deus te acuda numa missa pela TV
Esse que tem um V de vai e volta, e na volta ninguém o vê
Nem com óculos ou raio-x, tipo que é raio UV (Ya)
Sem censurar, assim serei para sempre, sincero e isso é ponto
Assente, a sério, a minha boca não mente (Nã)
Minha zona púbica nessa opinião pública
Sou nasty e sem dúvida não tenho mede cúbica, expande-se
De uma forma lúdica, de uma forma estúpida
Nem sei como é que eu faço, chupa!

[Scratch: DJ X-Acto]

Sem censura, censura para sempre
Sem censura, censura para sempre
Sem censura, censura para sempre
Sem censura, censura para sempre
Sem censura, censura para sempre
Sem censura, censura para sempre

[Outro: Fuse]
Olfato
Capacidade de sentir odores
Inalar cheiros
Usamos o olfato
Para detetar se somos compatíveis com algo ou alguém
Não metas o nariz onde não és chamado
O cheiro a esturro significa desconfiança
Inspira e cheira antes de comer
Para não comeres nada que já esteja podre