Papillon
Cypher 2
[Verso 1: Beware Jack]
Jack, nome do meu RAP, another n***a
A única cena que me compete? Elevar a fasquia
Faço figas, já não ligo a galinhas
Gente do meu sangue, não sinto o bando de fuinhas
Galinhas da minha rua estão a ficar com pouco milho n***a, pedra, julgava, quebrava como melancias
Amigos viram haters, conquisto o meu trilho, se controlo o meu brilho é porque tenho auto-mordomias
Sigo protocolos mas só com o meu umbigo, a história do que rimo
Num circuito clandestino
Sigo a Lei de Bronks, de Brooklyn, Queens Beach, mesmo longe, estou em Compton, Venice Beach
Jack, nome do meu RAP, sigo a minha groove e só com um cheque à minha frente dude, explico-te how we do it
Desde da school que me habituei que existem bandos de gatunos, o bando de energúmenos
Que copia os meus números
Eu não maluco, não durmo na baliza
Não me confundo com sou burro, a mim ninguém me evangeliza
Num minuto tenho tudo, no próximo estou na pista
É o culto que persegue um hustler quando é artista
Giro a bola, toque de bola é exímio
A classe da minha escola vem com pólvora no mínimo
E no mínimo, no mínimo
O monstro quando acorda fulmina os teus tímpanos

[Verso 2: Chippie]
Querias vir chillar no Vasco, então vem pagar um Mc
Putos, eu não estou em baixo, vim só para matar a track
Eles querem-me encher o tacho e vêm para pagar no RAP
Mas está para nascer o gajo que me vai apagar do RAP
Hoje em dia sobem à toa e nem fazem o que eu hoje faço
Rimam sempre a mesma merda, invadem o novo espaço
E eu não sou júri da tuga mas sabem que eu não vos passo
É tudo o novo espaço com cores, saiam todos do roxo escasso
Digam que eu não tenho dicas, n***as querem que hoje morra, ato-te cheio de fitas tipo e ficas numa masmorra
Mas porra, eu tenho sete vidas tipo o mocho hoover, dica é que o teu álbum já não anda, nem que um coxo corra
Querem o braço, vou só dar-vos uma mão
Muitos pensam que são rappers agarrados num canhão
Na net têm bué de tropas mas soldados nunca estão
Qualquer dia os lambe-botas estão soldados num tacão
Porque aqui sou rapper em combustão de prosa
Só dizes merda no RAP, fizeste um botão de rosa
E eu parto rappers com um canto, põe-te no canto, seu merdas
Querias um feat? Mas eu só canto com rappers
Aqui quem permanece, fica, tu estás numa via fraca, a tua dama parece frita porque eu já só via mata
Nas minhas punchs meu biri, um gajo quando avia, mata e com tanta Minnie, tinha de me calhar a pior rata
[Verso 3: Papillon]
Bem-vindos à La Liga, la família my n***a
Controla a má língua, se és rei, então estás na minha barriga
É que eu chego e xeque-mate, estou três jogadas à frente
O cota Xeg quer que eu mate e faça parecer um acidente
E o cota sabe que o puto é um smooth criminal, zero ocorrências no meu registo criminal
Mas quando despertam em mim este instinto animal, eu mato qualquer instrumental, até beats de Minimal
Hip-Hop heads a baterem mal, dizem que sou dos melhores novatos
Por isso, o próximo concerto é na ala do Júlio de Matos
Crazy flow, tragam logo os casacos de corsas
O alimento para o pensamento, se comes hoje, amanhã não almoças
Não metas a pata na poça, não queiras battle com o boy
Se não meto a tua crew toda a cantar o Apita O Comboio, when they see me, they see AC, they see Elon, they see Twon, classic shit, tipo jogar Pokémon no Game Boy
Por isso, eu cuspo lítio até gastar a puta da pilha
E se te esticas comigo fodes a tua virilha
Boy, eu caguei para o teu top ten e para a tua lista
Se quisesse palmadas nas costas, eu ia para um massagista
Meu estilo é Boavista, não temos a mesma visão
Eu ponho o preto no branco tipo a primeira televisão
Não preciso ficar em primeiro para ser campeão
Tenho mentalidade vencedora desde que eu era um embrião

[Verso 4: 9 Miller]
Traz a back, tu não te safas sozinho
Eu sou tão fat que parece que eu estou em cyphers sozinho
Na minha street, está quieto, levas com cinco ou sete
E no beef limpam-te o grife, 5àsec
Haters chupam-me a gaita também
Sou demasiado influenciado por mim para ser byter de alguém
E se tu te metes no meu caminho, é bom que papes os textos
Porque eu posso virar Robinho, sopapos nos queixos
Nem vale a pena me falares, hasta la vista Yavi
Se não dou-te na cara até me chamares Mister Miyagi
Eu estou tão fat, tu dás-me azia, no RAP atrofias
E és tão wack que a tua mãe fazia wackografias
Zézé Camarinha, deite as bifas na mesa
E faço minetes para que não se esqueçam mais da língua portuguesa
Não há percalços, os teus reis, repara, não batem nas ruas
Tu és tão falso que eles não te partem a cara, partem-te as duas
N***a, verifica, comigo qualquer puta é crucificada
Eu cuspo tanto que não há groupie que não fique lubrificada
Yhap, sou assassino assim que eu sinto a sede
Os outros rappers riem até ao dia em que eu lhes limpe o cebo
Tu és tão fraco de dicas, se eu te bato, ficas um caco, estou farto que digas
'Eu mato', quando de facto, eu é que mato n***as
Não papo pitas, nem papo dicas, não pago pikas
Não é a pá que picas, eu mato fitas com quatro dicas