Preta Gil
Praga
Estou pedindo a Deus, rogando praga
Que tu fiques sem ônibus, sem luz, sem água
Trancado em casa com essa tal boneca, boneca, boneca...
Estou pedindo a Deus, rogando praga
Que quando saias caia um baita de um pé d'água
Que te encharque todo até cueca, cueca, cueca...
Estou pedindo a Deus, rogando praga
Que esse nariz arrebitado que te estraga
Te traga nada mais que uma meleca, meleca, meleca

Estou pedindo a Deus que alguém descubra
Esse maldito calabouço digital, onde tu vives enrolado
Com essa cobra
Os dois a fornicar e falar mau
Que a tua boca suja na internet, não me alfinete ou canivete
Nunca mais
Estou pedindo a Deus no meu tablete
Que delete seus ataques virtuais

Estou pedindo a Deus, rogando praga
Vazando o meu ciúme, a minha grande magoa
Na música, no radio, na televisão, na televisão, na televisão...
Estou pedindo a Deus, rogando praga
Que tu deixastes os meus olhos tão rasos d'água
Ao me deixares assim sem razão
Estou pedindo a Deus, rogando praga, que tu
Que a tua bruxa e a tua estranha saga
Escapem pela luz do coração, coração, coração