Kayuá
​d’omundoaonorte
[Introdução: Sant]
Ê, ei
LP, você fez de novo, né meu primo?
Sant


[Verso 1: Sant]
Na endola
Intimam pra embalar ampola
Balão íntimo de ladrão
Baile rola
Ritmo pra embrasar time em gaiola
Desde Angola
Vê na pele, disfarce e gola polo
Minha prole não tá na pole
Tá na viola (viela)
Onde pássaro, fuma pedra
Cobra decola
Taco virou teco
Mamona agora, é plomo em pistola
No meio do berimbolo
Clima feio esfola tolo
Rima tirada do solo
Cria veio de sola

[Verso 2: Bukola 2Tey]
Arte livre canaliza futuro, aplaude
Energia onipotente, os amigos sabem
Que na terra onde a cabra ganha duas rodas
Se não marca atividade fica pela hora
E na avenida eu preciso por minha escola
Gunga, agita, roda, Besouro apavora
Simples no passar da base, linhas enriquecem
Deixa na mandinga que as esquinas nos protegem
[Verso 3: Tiago Mac]
Ó, um brinde aos que se foram, nós nunca vamo esquecer
Prepare o coro, meu bonde vai te abater
Eu sou leão, disso você já deve saber
Minha visão é além do que cê pode ver
Respeito é ouro, sempre vai prevalecer
Engole o choro, não adianta correr
Pois é, isso é o crime, não é creme
Por isso que elas preferem a ZN

[Verso 4: Cidad]
O medo gerou violência
O silêncio virou impunidade
Incoerência já pediu socorro
E eu pensando em dar continuidade
Por mais que ainda nossa cidade perca
Um tempão mentindo a verdade
Passamo pelo tempo e também, no momento, algo me diz que não é tarde
Note o caminho seguido pelo menino que um dia foi forte
Logo pra'quele que o rap é o hino e o destino não é feito na sorte
Perdido se a cada declínio vem enfraquecer o que tá no meu porte
Respondo por mim mermo, Joaquim Ribeiro, d'omundoaonorte

[Verso 5: Kayuá]
Com os kit caro, é claro, bermuda cargo
Postura que coincide com cargo
E as consequências deixa que eu arco
Diferente do meu pai eu assumo o que faço
Quem é cobrado aqui reza pra só perder os dente
Tratamento padrão é ferro frio e sangue quente
Sentimento entregue às traças
Derramando um gole aos que se foi, esvaziei garrafas