Dalsin
Pela Quebrada
[Verso 1: Tubaína]
De pião pela quebrada de manhã, aumentando os AudioClan
To nem vendo quem fofoca e os falador passa amanha
To vendendo mais CD que camelô em dia de Domingo
De camelô á empresario rico, igual Silvio
Mas não sou Santos, aqui é Corinthians

Seguimo aqui botando pra trampa sua maquina cinza
Tio ainda estoura a boa com os meu truta
Eu vou para lá em Ubatuba comendo poçãozin da mamuca
Eu compro um Opala marrom só pra toca o dim dim dom
E vou mostra pros meus vizinho que rap ainda é o som, po

Trazer de volta as música com fundamento
Que as criança da favela já não escuta isso faz tempo
Eu vou suave, aqui no Vale tá mil grau tio
Vou dando vida pra essas linhas igual energia volátil
Vou na missão desses quilate, sabendo que os late nunca morde
Eu nem me importo com esses holofote

[Verso 2: Dalsin]
Hornet canta na esquina pra chama as vilã
Elas vem cantando meu rap pra dizer que é fã
E eu só vi ela, molecão boladão de manhã
Fone no talo estralando vários quilo de AudioClan
Os Gol quadrado tomou o lugar dos rolimã
Meus amigos cresceu também cresceu suas irmã

Os que partiram fazem falta e que falta meu truta
Os pé de breque é pé de breque ainda isso daqui não muda
Pr'eu caminha por uma vida atrás do horizonte
O coração bate empolgado como se fosse onte
De front, eu vi o sol atrás do mar sumi

Pessoas boas? Ame-as antes delas ir
Eu sou levado, meu legado é fazer o som chega
Sou bolado, a roça é nós, DamassaClan que tá
Sou litoral, to embaçado, eu sou DTPK
Eu sou o Vale, AudioClan, vim pra fazer seus fone estoura
[Scratches]

[Verso 3: Bitrinho]
Meu apelido era Marquinho no tempo que era magrinho
Não sabia o caminho, mas não andava sozinho
Já no tempo de colégio, a peita do Big Poppa
Só mudava de cueca, mas ia com a mesma roupa
Mesmo boot, o boné, merma berma e a bag
Minha vizinha achava feio, hoje diz que é swag

Mó suave, igual vinho de dois conto barato
Que na segunda aula eu já tava chapado
Pro meu pai foi Ultraman, eu assisti Pokémon
Minhas primas de 15 anos já fazendo ultrassom
Beijar na boca é coisa do passado, um funk dizia
Elas continua na gandaia, as filhas delas com minha tia

Cada um com seu quadrado, tá feliz, tá limpo
Tô atrasado como sempre na função do garimpo
No centrão de SP, churrasco grego e marreta
O Ki-Suco é grátis, o vinagrete de gaveta

[Verso 5: Muzzike]
Era só um gole de Cuba, nois no papo de vida
Pra afundar as angustia, meu coração ta na vila
Minha ambição nasce depois daqui, segue as placa
Vou por ai rabiscando Lauza no mapa
Ficava sozinho em casa, arrastava as mina
Varava a madrugada com os truta na esquina
Fazendo rima, cresci em volta de coisa errada
Perdi uns parça, por Deus fui outra caminhada

Não, não pedi pra ser referência ou porta voz
Mas se os moleque faz reverencia então é noiz
Na essência (?) maloca malicia
Sem vocação pra ladrão, nem policia

Meu nome é rap, bem de vila que em outro não caibo
Se o rap vira eu to em Dubai mas não largo do bairro
Aqui não morro, raiz de tudo é o quintal
Tem black music, fui de bonde, mil grau

[Scratches]