Facção Central
Cicatrizes
[Intro: Cahegi]
Mais uma vez é a trilha sonora do inferno
O sistema capitalista escraviza com um salário mínimo
Preto, pobre e favelado, o crime, por sua vez, oprime
Com fuzil, assaltos a bancos e sequestros de empresários
A violência é o reflexo do sistema opressor
Capitalista, consumista, oportunista e maquiavélico
Mais uma vez estamos narrando cenários tristes
Facção Central no ar

[Verso 1: Dum-Dum]
Em cada esquina uma batalha, só mortes sem trégua
Desleal, covarde, sistema versus favela
O prazer da liberdade é ver você no cativeiro
Manda logo o dinheiro ou é еnterro do herdeiro
Cumprindo a missão tipo filmе Telecine
Glock na mão dos menor, iniciando no crime
Na contenção dois fuzil e quem ganha com isso
Você sem coração, ou nós sem juízo?
O jogo é perigoso, antes você do que eu morto
Contra inimigo não tem cessar-fogo
Criminoso tem que ter disposição pra buscar
Seja de caneta na mão, ou na mão uma AK
Os moleque cresce e se torna dono do morro
E morre com 18 com os ouros no pescoço
Ou sobrevive na eterna humilhação do desemprego
Ou morre de Covid' aguardando um leito
O sistema leva milhões de nóis pra prisão
Dominantes, arma química mata a população
Facção Central narrando cenários tristes
Somos monstros colecionando cicatrizes
[Refrão: Deborah Crespo e Dum-Dum]
Meu povo sofre, ainda resiste
Sistema ignora e nóis parte pro revide
O sangue escorre, a cena é triste
Favela chora e sente a dor colecionando 'Cicatrizes'

[Verso 2: Dum-Dum]
Brasil, onde polícia passa batido
Fuzil, vê quantos cana segura os tiro
Partiu dessa pra melhor, o crime tá vivo
Ei tio, ninguém passa pano pra inimigo
A guerra tá declarada, tamo tipo as Farc
Guerrilheiro das ruas onde, o medo não faz parte
Kamikaze, suicida em defesa da vida
Mais terrorista, que os terroristas da Síria
Em choque com o sistema, tomando por direito
O que nos foi roubado na escravidão do preto
Hoje vocês temem a violência, represália
Chora igual criança vendo a filha sequestrada
Os balaclava quer mais, quer sangue azul na taça
Pique Talibã, onde bota a mão arregaça
Os cú não passa e nunca passarão
Não damo' entrada pra traíra ramelão
Levantamo' um império, firmando a base do crime
Polícia não se cresce, é menos um no seu time
Se pipocar rebenta a corda, nóis cobra no debate
Sem dó pro covarde, miolo explode sem massagem
Oposição declarada, nóis não toma partido
O verbo é reto, o sistema é nosso inimigo
DumDum, Facção Central narrando cenários tristes
Colecionando cicatrizes
[Refrão: Deborah Crespo e Dum-Dum]
Meu povo sofre, ainda resiste
Sistema ignora e nóis parte pro revide
O sangue escorre, a cena é triste
Favela chora e sente a dor colecionando 'Cicatrizes'

[Verso 3: Cahegi]
Direto das ruas de sangue, mais triste que Auschwitz
Tá no pente, tá na agulha, revolução ou crime?
Cumprindo a missão que a mim foi dada pelo comando
Cahegi, Facção Central, família de monstros
Nóis tem instinto de bicho, raivoso memo', cumpadi'
Porque a vida com nóis sempre foi sem massagem
Eu ligo os radinho, aciono as peça e vamo pra cima
De Shure ou de AK, com os Rambo na mira
E é de fuzil parceiro, que as criança anda brincando
Na febre do ouro com extinto de monstro
Mete bala nos robocop cheio de fome e sede
E não adianta os colete
Invadindo as mansão atrás dos herdeiro
Cortando orelha e dedo, se não mandar o dinheiro
Morre em 24 horas o filho do empresário
Que o capitalismo forçou a ser sequestrado
Nem que pra isso morra alvejado pelos rato fardado
Catando o Fort da Prosegur no país ao lado
Nóis vem na vingança, com as PT pente alongado
Com bala de prata pra matar vampiro folgado
E 'tamo fechado com os fiel, pra cima dos bruxo
Não vamos puxar a carroça pra enriquecer puto
Nóis ainda narrando os cenários tristes
Cahegi, colecionando cicatrizes
[Refrão: Deborah Crespo e Dum-Dum]
Meu povo sofre, ainda resiste
Sistema ignora e nóis parte pro revide
O sangue escorre, a cena é triste
Favela chora e sente a dor colecionando 'Cicatrizes'