Sant
Ei Jhow
[Letra de "Ei Jhow" com Leal, Raillow & Sant]

[Verso 1: Leal]
Eu tenho algo a dizer, senão não tava aqui
A vida é um filme, a elite quis fazer roteiro
Porém minha intuição não é pra ser conduzida
Eu não sou desses que tá aqui e não sabe pra que veio
Pai, se for pra fazer feio, engole seu freestyle
Nós na batalha não é sangue, é tipo um tiroteio
E pra mim sempre existiu mais de mil tipo de MC
Tem os que vem fazer história, os que vem fazer dinheiro
Os que exigem respeito, os que age igual primata
Os que só vem falar bosta, os que representa os preto
Os que tem que se explicar porque não sabe o que fala
Eu sou dos que vai voar, com orgulho de ser gueto
Oh, não deixei pra depois, por isso o nível subiu
Pensão paga e o filho longe, mas isso ninguém viu
Só que onde cabe um, cabe três, vinte mil
Essas são as leis nas cadeias do Brasil
Tipo coração de mãe, mas aquela que maltrata
Se o filho não traz gana pra ter o que por na lata
Na moral, fala sério, qual o critério do Governo
Que me cobra economia e faz lavagem de dinheiro
Que me cobra todo dia o imposto que não cobre
A merda da dívida externa, só que banca festa nobre
Como sempre, a mente insana se pergunta:
Como pode eles ter tanta riqueza e o espírito pobre?
Ei Jhow, o que você faz
Se me ver na rua? Mete o pé e já me erra
A paz só vem pra quem procura a paz
E é somente na prática que a teoria encerra
Não vem aqui me dizer que eu e você pensa igual nessa merda
Um acordo entre dois que matam vários
Eu tentei ler Sun Tzu, mas eu não vejo arte em guerra
[Refrão: Leal]
Ei Jhow
Muito cuidado aí por onde anda
Rap não é brincadeira de criança
A hora quem faz é você
Ei Jhow
A fé sempre foi casa da esperança
Eu vi que ambição não é ganância
Mas já vi vários se perder
Ei Jhow
Muito cuidado aí por onde anda
Rap não é brincadeira de criança
A hora quem faz é você
Ei Jhow
A fé sempre foi casa da esperança
Eu vi que ambição não é ganância
Mas já vi vários se perder

[Verso 2: Raillow]
E o tempo fechou, a escuridão apareceu
Mó corre durante o dia pra no fim agradecer a Deus
Os nossos morrem e a mídia distorce o que aconteceu
O eleito não faz direito, sendo que o direito também é meu
Conclusões após, reflexões a sós
Divisões sociais dando nós em nós
E biqueiras, dinheiro, respeito, naves e pós
Praias, putas, mansões, vitrines e paletós
E esse é nosso mundo, que desgasta e exige mais
E esse é nosso governo, com a democracia sem voz
E esses são nós, então lucra e duplica mais
Nosso gás é gás pros nossos, e polícia aqui não é paz
Então trafica mais um pra mandar pro sol
E minha vida se piscarem luzes na esquina de trás
Ei Jhow, um brinde só
Nós é dos que vai voar com asas nos próprios pés
[Refrão: Leal]
Ei Jhow
Muito cuidado aí por onde anda
Rap não é brincadeira de criança
A hora quem faz é você
Ei Jhow
A fé sempre foi casa da esperança
Eu vi que ambição não é ganância
Mas já vi vários se perder
Ei Jhow
Muito cuidado aí por onde anda
Rap não é brincadeira de criança
A hora quem faz é você
Ei Jhow
A fé sempre foi casa da esperança
Eu vi que ambição não é ganância
Mas já vi vários se perder

[Verso 3: Sant]
Respirando perigo
É O Mundo ao Norte, amigo
O que tu chamas de inferno, eu chamo de abrigo (Sant!)
Decisivo
Na tua playlist cheia, fiz ao vivo
Enquanto insiste em me ver triste, olha o sorriso
Mais um aviso: pode quebrar o cortiço
Que esse negro aqui é o catiço
Jogo sério e juro que cobrarei com juros
Todos os silêncios inseguros
Grito fogo aos impuros
Furo com a caneta os obstáculos prescritos
Morte é correr sem ter atrito
Lembrei de um verso antigo que me ensinou sobre a rua
Mesmo que você se mude, pra sempre defenda a sua
Eu trouxe essa verdade de presente
Que nos amemos mais do que amarramos
Desesperadamente
Meu fiel Diego pulou da linha
Ó como os planos se cruzam, agora a sequela é minha
Encontro a paz de qualquer jeito
Mesmo que essa paz não dê jeito
Não vou julgar, sou suspeito
Censor de sofredor segue perfeito
Pra lidar com esse caos, só tendo os mesmos efeitos
Era de máquinas, eu me tornei um monstro
Arrematando dúvidas, ao remontar demonstro
O caminho das dádivas é trilhado por pedras
Trabalho de formiga, nem o tempo me quebra
Nem o vento me leva
Não existe o que me trava
Na mente trouxe neve
No coração que lava
Ei Jhow, onde é que você vai com esse karma aí na mão?
Quem vive esquece; quem morre, não