PrimeiraMente
Não Custa Nada Sonhar
[Verso 1: Menestrel]
Mama África
A minha mãe
Nasceu de parteira
E reclamou a vida inteira
Quando eu fugia
Ia escrever rima
No estúdio do Rena
Pra tentar subir na vida
Olha lá sua cria, um dia ela explicou
Que a dor é um produto do tentar
Um dia falou pra mim
"Filho, eu não posso te impedir
De voar, de cantar, seja lá fazer o quê
Te pari pra ser feliz, eu não te pari pra chorar"
Mas datas, vou pra forca
Me olhei no espelho e ri
Vou tentar me doar
Agora eu já tô aqui
Se mudar, acha que vai adiantar
Por favor, faça-me rir, Vânia
Eu lembrei de ti, em cima desse palco aqui
Esses teus olhos vou honrar
Eu sou teu ventre, filho dos ventos
Por favor, Yan
Deixa eles te guiarem
Não se apressa a arte
Pintor é o tempo
Eu sou o pincel, o rap é minha paisagem
Não é homenagem, é só um ménàge
Que fiz com a caneta, cerveja e minha insanidade
Vai sim, mais um filho pro mundo
Eu sou um vagabundo
E vocês amam a vagabundagem