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Dior
Dano colateral

Introdução:
“…Portanto, aquilo que em primeiro lugar eu gostaria de tentar
Perceber: qual foi a dor psicolĂłgica que ele viveu, desde muito cedo, e
Que provavelmente se pode correlacionar com esta situação…”

Verso 1:

José Gomes, 40 anos vividos
Estado civil casado e pai de 2 filhos
Operário empenhado para o bem-estar da família
Fazia horas extras pra tirar outra quantia
Via o seu ganha-pão na fábrica sem rendimento
Devido à crise já contava com um encerramento
Demorou pouco tempo para que isso fosse verdade
O patrĂŁo fechou as portas e outros com necessidade
Ficou desolado sem saber o que fazer
Mais frio resolveu enfrentar o que estava acontecer
Primeiro passo, mete os papéis no fundo de desemprego
Mas sabia que tinha de encontrar um emprego mais cedo
Não tinha habilitações pois quando era miúdo
A vida nĂŁo era igual Ă  de hoje em dia e trabalhou no duro
Fartou-se de correr numa procura que Ă© imensa
Sofrimento abusivo e um cérebro já não pensa
Completamente desgastado, psicologicamente
Entrou no estado mais ridĂ­culo ao estado mais deprimente
O vício do álcool apaziguava a sua alma
Misturava os sentimentos e facilmente perdia a calma
O desespero Ă© brutal, nĂŁo encaixou em nada
Obrigatoriamente gastava o pouco que já restava
Os miúdos já não tinham orgulho no seu pai
E a mulher saiu de casa com eles sem dizer pra onde vai
Passaram 2 anos e chegaram mais danos
Os problemas que já tinha ficaram mais agravados
Desajeitado, grande barba e pouco falava
Depois de humilhações constantes por onde passava
Mais fraco do que nunca, bate de porta em porta
Pedia trabalho se lhe dessem alimento em troca
Já nem comia, mas que rumo tomaria?
A pensar nos filhos da puta que lhe estragaram a vida...
RefrĂŁo:
Quanto tempo, quanto tempo, vamos nĂłs esperar?
Quanto tempo, quanto tempo, vamos nĂłs aguentar?
Humilhação social, a reacção é normal
Mais um minuto, mais um dano colateral

Verso 2:

Com fome, isolado, num anexo encostado
Desolado, perplexo com cada noticiário
DepressĂŁo, garrafa na mĂŁo, beber para esquecer
AnsiolĂ­ticos consecutivos, sentidos a entorpecer
Sem nada a perder, a um passo do precipĂ­cio
De arma ao seu lado, põe o dedo no gatilho
Contempla o suicĂ­dio como seu Ăşnico objectivo
Mas uma voz no seu interior quebra-lhe o feitiço
“Acorda…” Momento de lucidez repentino
Apercebe-se de um estĂ­mulo estranho no seu Ă­ntimo
Abre o postigo, respira a alvorada
Comprimidos no lixo, estilhaça cada garrafa
Sente raiva e floresce um desejo de vingança
Por quem lhe roubou a dignidade e a esperança
Três balas de reserva, planeia a sua estratégia
Um assassino toma conta da sua rédea interna
Sai Ă  rua, encontra um ex colega de trabalho:
“Então amigo, comé que tens passado?”
“Tou fodido, desempregado. Já sabes da notícia?
O nosso patrão tem outra empresa e tá cheio de guita
Vivenda com piscina na Avenida da Boavista
Passa por lá, o Panamera salta logo à vista!”
Põe-se a caminho em transe, olhos raiados de sangue
Fugante na cinta, hoje vai ser vigilante
RefrĂŁo

Chegada ao local, dá de caras com o seu alvo
Num potente carro, a entrar num imponente palácio
IrĂłnica coincidĂŞncia, os astros estĂŁo alinhados
A sua missão assume traços algo enigmáticos
Anoitece, movimento na rua desaparece
Adormece, mas Ă© acordado por um portĂŁo que mexe
Dele sai o seu patrĂŁo para um passeio nocturno
Com um cĂŁo e um cigarro, momento mais oportuno?
Calmo, invisĂ­vel, atravessa a rua
Frieza nua como lado negro da lua
Olhares cruzam-se, o tempo pára…
Mas nĂŁo se depara reconhecimento na sua cara
É agora! Saca um cigarro do maço
Pede a chama para conseguir omitir o prĂłximo passo
O alvo desvia o olhar á procura do isqueiro
E cai com o impacto de um disparo no seu peito!
O atirador sai a correr como se o chĂŁo fosse fogo
Adrenalina pura circula nas veias do seu corpo
Pulmões a colapsar, pernas a arder
Chega a casa, exausto, só lhe resta adormecer…
A manhĂŁ chega, ele acorda confuso
Entre o sonho e a realidade sente o beliscĂŁo do fusco
Acende a televisĂŁo, logo encontra a notĂ­cia
Empresário assassinado e a polícia sem pistas
TĂ­tulo seguinte, 1Âş ministro de visita
Inauguração, típica propaganda politica
Resolução! Rapa o cabelo e a barba
Veste o fato reservado para a agência funerária
Sai de casa, determinado, põe um fone no ouvido
Estilo de segurança para passar despercebido
Perdido em reflexões, caminha na calçada
Lojas fechadas, casa penhoradas, abandonadas
Pessoas frustradas, acomodadas
Habituadas a serem constantemente pisadas
Basta! Chega de tanta humilhação
Está na altura de tornar a revolta numa revolução!
Já no evento, é nojento, pompa e circunstância
Sorrisos cúmplices, boa vida, abundância
Vê o seu alvo a uns metros de distância
Avança com confiança, passa a linha dos seguranças
De rosto simpático, consegue cumprimentá-lo
Rápido! Atinge-o com um balázio no crânio
Confusão, pânico, mas uma alma absolvida
Ultima bala, gatilho, põe um termo à sua vida!