Johnny Virtus
Vícios
[Letra de "Vícios"]

[Verso 1]
Até posso querer [?] vício
Enquanto me aviso mais
Que não é fácil dividires o que tens
E com isso aproveitar convencido que faço
Para que me sinta ocupado
E que isso não nos divida mais
Emoções residuais, manos artificiais
Detalhes a mais para quem só quer realizado
Eu por mim falo
Já que a palavra é o que é preciso
Eu canto o que quero ao vivo
Não me façam pedir bis
Eu não visto a camisola por ter sonhos do avesso
E não conheço outra forma de fazê-lo sem querer
Um dia chega a altura em que a rotina dá-te o capote
E vês que acordas com um dote e adormeces com um pronto
E mesmo que não estejas pronto
Há sempre um assunto ideal
Um ponto final que te baixe a moral
Penso não ser importante para ter importância a mais
Em vez de ser importante e não dar importância a nada
Tenho vindo a dar corda ao que já não roda
A moça arredonda a saia mas nem isso importa
Este jogo é singular
Sem que o paladar descubra
A ternura dos 40
Em forma de sepultura
É uma emoção precoce que dá uma pose de ousadia
Enquanto a esperança foge da nova e nos ensina
O contrário de estar só
Sinónimo de ouvi-lo
Aguçar a saudade enquanto parto sem mochila

[Refrão]
Eu sei que isto é um vício
Eu sei demasiado
Eu sei que não receio em voltar cá quando me importo
E volto a ver-me importado com pouco
Do que a verdade comprou e me deixou louco para aqui estar

Eu sei que isto é um vício
Eu sei demasiado
Eu sei que não receio em voltar cá quando me importo
E volto a ver-me importado com pouco
Do que a verdade comprou e me deixou louco para aqui estar

[Verso 2]
Até posso resistir ao vício
E ver-me atento ao que trago
Para que quando tente
Não me ausentem vácuo
E me sinta motivado com o tempo amortizado
No que penso
E no que me fez contrariá-lo
Hoje escrevo a Arial
E quando chego ao final
Dá-me vontade de dizer que preferia começar
E quando eu volto ao topo
Há um conforto emocional
Normal em quem se limita a tentar moralizar
E mesmo sendo sensível
Tento valorizar e não vulgarizar
O que faço no tempo de criar
O que é ingrato, é exato
No meu espaço é real
Matrimónio sou [metódico?] no que toca a animal
E assim que beats falem
Não há mãos a medir
Uns têm boca a pedir sem ir a Roma, admiro
Mas não confio
Eu tenho boca a serviço
Sem grande equipamento tento fazer beats para mim
Egoísta? há quem me julgue errado
Desculpa, o tempo é pago
É escolha entre uma MPC e charros
A diferença são as minhas noites [?] embriagado
Como se tivesse saído dum bar

[Refrão]
Eu sei que isto é um vício
Eu sei demasiado
Eu sei que não receio em voltar cá quando me importo
E volto a ver-me importado com pouco
Do que a verdade comprou e me deixou louco para aqui estar

Eu sei que isto é um vício
Eu sei demasiado
Eu sei que não receio em voltar cá quando me importo
E volto a ver-me importado com pouco
Do que a verdade comprou e me deixou louco para aqui estar