[Verso 1: Shawlin]
Em cada esquina, em cada rua da cidade
Ausência de buzina da espaço a tranquilidade
Observe a lua que anula a sua ansiedade
Inspira a escrever rimas com Ăşnica finalidade
Jurar fidelidade e lealdade
A quem me faz refletir e persistir pra nĂŁo parar pela metade
De dia se instala no caos, de noite outra realidade
O perigo tá aĂ, escapar dele Ă© pra quem sabe
Sirenes, tiros, alguém foi ferido à bala
E o que se fala por aĂ, mas quem viu tudo se cala
Silêncio é arma, o céu acalma e o resto é carma
Todos em casa, madruga Ă© alma, na rua Ă© sarna
Eu conheço cada hora que passa como a palma da minha mão
Acho um descuido encontrar refúgio ao olhar pro céu com toda atenção
Porque o céu ao olhar pra baixo só vai ver sangue no chão
Verdade verdadeira a compor tumulto com os planetas
Eu te mostro o meu amor, cĂŞ me mostra as estrelas
Quem dera eu morrer podendo vĂŞ-las
Com as mesma vistas que quando crianças queriam tê-las
PĂ´r o universo dentro de um pote, a nebulosa brilha forte
Me desejando uma boa sorte para o dia que vem
Quem sabe até lá eu não tô no além
O sono já chegou, me sinto incrivelmente bem
[Verso 2: Matéria Prima]
Na madruga se assustam com as prĂłprias sombras
Com todos os sentidos aguçados e instintos animais atiçados
Em casa alguns cansados repousam e enquanto isso
Criaturas da noite pousam em seus ninhos
Se cortam caminhos em busca de segurança, às luzes me alinho
Dependendo de onde estiver a mente inquieta como um redemoinho
Se vĂŞ mais do que se pode ou espera
Enquanto o Ă´nibus espera belas se revelam feras
Se vĂŞem violĂŞncias por meras coincidĂŞncias de rotas
Se vĂŞ tanto sangue e porrada na madruga rabugenta
Quanto que a tristeza afugenta, o corpo se esgota
Na pista quem tenta conquista
Através da vista esperando que o oposto invista
Tendo em vista um despir, despista
Encontro outros fora da lista
As horas conta pra ver o sol que desponta ao leste
E nĂŁo se desaponta, se aproveita um pouco de sereno que reste
[RefrĂŁo: Shawlin]
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo, ainda tô pensando na rima
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões, insônia, problemas, rotina
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo e ainda tô pensando na mina
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões e sono, guerra contĂnua
[Verso 3: Matéria Prima]
Na madruga tem maluco que te aluga com suas lástimas
E no seu ombro enxuga as lágrimas
Pois julga drásticas as medidas que a vida toma durante o dia
EntĂŁo espera a meia noite pra pegar o expresso e iniciar sua fuga
Mágoas se afogam no copo
E até a última gota se suga
E continua a saga cego
É por isso que de muitos me desapego
De fino saio e tropeço em fatos
Caio na real até o raiar do astro
Que dela nĂŁo deixa mais rastro
Claridade surge no céu como bandeira erguida por um mastro
Indicando um turno que se volta a correr riscos como os scratches de Castro
[Verso 4: Shawlin]
São duas da manhã na porta de casa, fazendo fumaça
A rua vazia e a mente cheia de cachaça
Largado no meio fio, clima meio frio em pleno Rio
Não há nem um pio, então pelo silêncio eu me guio
Confuso com tudo que tem acontecido
Tento ter tudo esclarecido, relatando os fatos prum amigo
Procuro soluções pro que acho que é um caso perdido
Que me encontrou, e agora eu fui esquecido
Sou sĂł eu, corujas, morcegos e ratos
Gatos pardos e gatunos andando pelos telhados
Caco de vidro quebrado e o vizinho sai de sua casa assustado
Pra saber o que há de errado e poder dormir sossegado
Não há nada, por isso que eu amo a madrugada
Por que quando o sol subiu tudo chega e a paz acaba
E sĂł roncos de carros deixando as vozes abafadas
Britadeiras e formigas esmagadas nas calçadas
Mas depois vem o ritmo noturno, pra quem gosta do turno
Com caderno e caneta no meu quarto eu me enfurno
E eu vou rumo ao verso, eu estudo e converso em voz alta
E assim eu posso ver se tudo tá certo
A madruga inspira o som a ficar puro e completo
E arrogante com coturno a jogar sujo e perverso
Me inspira a fazer letras, também a fazer tretas
Uma hora ruim pra quem Ă© deixado e maravilha pra quem deixa
[RefrĂŁo: Shawlin]
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo, ainda tô pensando na rima
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões, insônia, problemas, rotina
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo e ainda tô pensando na mina
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões e sono, guerra contĂnua
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo, ainda tô pensando na rima
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões, insônia, problemas, rotina
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo e ainda tô pensando na mina
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões e sono, guerra contĂnua
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo, ainda tô pensando na rima
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões, insônia, problemas, rotina
Dia, noite, madruga, matina
O sol já ta nascendo e ainda tô pensando na mina
Tarde da noite, madruga na esquina
Reflexões e sono, guerra contĂnua
[SaĂda]
NĂŁ-nĂŁ-nĂŁ-nĂŁo pare
NĂŁ-nĂŁ-nĂŁ-nĂŁo pare
NĂŁ-nĂŁ-nĂŁ-nĂŁo pare
NĂŁ-nĂŁ-nĂŁ-nĂŁo pare
NĂŁ-nĂŁo pare
O povo, os trabalhadores, os patriotas e democratas
Unidos, em ação, vieram para a rua, para dizer o que querem