Emicida
#025
Anos 90 (Hã), bom dia Viatnã
Luto, tipo a cor das burca Islã
Meu peito Ogã bate, fura se pã
Rola uma nova manhã
Dá-lhe multimistura, jão
Qual de nóiz não quis ser ladrão?
Chapei, sem stress, o terro das quermesse
Imaginei só igual pobre imagina
Black, brilhantina, moto, podendo escolher as menina
E um sofrer que faz jus ao Blues
Fedor da porra mano, mijo de rato, feridas em pus
Nojo, só quem venceu o aborto reflete
Sobre os pivete que segue
Vivo e morto onde a pobreza é tipo maldição
Não condição, firmeza?
Num céu azul turquesa
Eis a questão, sorrir não é ser feliz gente
Descrente nosso riso brota até com Bis de presente
Ao mesmo tempo, três mina nova achada na desova
Pranto, caixão branco na Jova, fita séria prova
A cada flash uma miséria nova
Derrota para e nóiz com as lágrima morando na cara
Tem coisa que não sara por nada!
Ninguém escapa ileso tio, aqui té horas são marcadas
E as biqueira, tão pique formigueiro
Maloqueiro, vai embora
Outro dia, outro dinheiro
Paz!
(Falouda-se, ninguém me viu...)