Valter Lobo
Cinema Francês
Da janela onde estou
Há um filme para ver
É cinema francês no seu todo

Eis que avançam devagar
Numa valsa sem saber
Que caíram em amor

Oh, oh

Da janela onde estou
Há um filme para ver
É cinema francês no seu todo

Pegam calma pelas mãos
Unem dedos a tremer
É mais forte que o dizer
Que o amor é sincero
Sentimento é profundo
Este amor é sincero

Desprendem-se ao tempo
Para nunca mais
Só vale a sentir

E somem as coisas à volta
Nem precisam mais de existir
E hoje esquecem o mundo
Só nome de um filme francês
Haja o que houver, eu vivo em ti
Mesmo com luas sempre a mudar
Eu parto uma noz, oiço água a correr
Perco palavras no corredor

Haja o que houver, és casa de mim
Tecto e paredes, chão de dormir
Acendo uma luz, espalho o meu sono
A minha viagem de sonho

Haja o que houver, eu vivo em ti
Haja o que houver, és porto de mim
Venda-me os olhos, venda-me o olhos
Esquece-me o mundo

Haja o que houver, eu vivo em ti
Haja o que houver, és porto de mim
Venda-me os olhos, venda-me o olhos
Esquece-me o mundo

Oh-oh-oh, oh-oh-oh