Uno Consultório
Marcha do Níquel
[Verso 1: TK]
Castigado nas costas a marchar no ritmo do tambor diabólico
A máquina do níquel
Patrões, patriotas, burlões, pedófilos
Senhores de nível, necrófagos apóstrofos
Até apóstolos lutam de dentro
Mas não conseguem, fogo é denso, é de ouro e dá febre
Correr não chega para quem não corre só por desporto
Podes ser morto sem ser herói
Gritar socorro, chamar alguém
Tu chamas quem? deus ou a tua mãe?
Refém dos troféus consagrados
Economicamente viáveis para o estado
Os bens serão todos confiscados
Os tambores já tocam na rádio a anunciá-los
Os donos do mundo nas publicidades
A criar desde putos celeberidades
A levá-los ao extremo num processo lento
País absorvendo, tê-los como exemplo
E quando deres por ti serás castigado
Ao som de um tambor a tocar ao teu lado

[Verso 2: Uno]
Sou elogiado na cara, seduzem-me o troco
'Tou na marcha sem conhecer a causa, vou para onde vai o povo
Sigo nesta recta com várias montras
Agora é aqui que escolhes a área que gostas
Muitos ímanes tiravam-me da dificuldade
Mas o poder atractivo precisa de outra vontade
E falar da conta que o estado põe ao meu cota que tem estado empenhado
A duplicar o vosso metal químico
Faz-me pensar: seguir a norma é suicídio
Então é hoje c'o boy vira índio
O crime compensa se manténs o clima passivo
E com a confiscação de bens deixa o NIB vazio
Espalha a toda a gente e diz o que acontece
Trás o essencial da tua visão mais à frente
A moeda ganha uma terceira face e fica leve
Deixa o tambor tocar sozinho para quem ainda não percebe