Comecei a pensar que ‘tava com medo
E tenho um puto gozão que mora cá dentro
Cai como uma cadente, e daqui vês todo o espaço para o teu constrangimento
‘Tás sozinho e isso volta a ser intenso

O astro colide contigo, agora procura um fio
Há uma técnica para qualquer gajo a julgar que não curte desta
E no meu caso as imagens só me cegam
Tudo o que quero possibilitar desde que me armo em rapper

É claro… amo a espécie… Tarde para dizê-lo?
Em cada abraço sentes esse corpo teu
Então como prometo fico comprometido
Vou correr para todo o lado, assim nunca vou fugir

Quando me senti censurado foi sempre por mim
Sigo o exemplo do meu pai ou sem tempo para isso?
Só me fez soltar o conhecimento de mim
Preciso da primeira imagem que na mente se justifique

Talvez o cenário mude essa ideia que aprofunda
E mantem-se real a outra ideia que é tua


Vim agora dum sono
Incomoda-te. Pronto. Eu preciso de descansar
Perceber porque é que não ando a fazer
Porque é que ando e faço separadamente
No ciclo também se anda ao contrário
Não vi ninguém assim, tipo que era básico
Humilhante, fácil, mas é parte de um plano esquisito
Se ‘tás comigo na minoria aviso-te já que ‘tamos fodidos

Mantém a segurança em qualquer palco que pises
Agora enganas-te só a ti
Longe de mim mantém-se o sistema
Mas acho que quando digo isto ‘tou lá na mesma

Fartas-te e repetes por mera coincidência
Já sem contacto porque acabas a ser obediente
Os lugares estão lá à espera que cada um assuma
E todo o mal que fazes é energia para a fúria

Paranóias minhas. A minha desconfiança também é a tua
Mas o cenário pede som, quando se encontra sozinho o revolucionário é que esconde
Não o deixem fazer essa merda

Então aceita esta imagem tal e qual como ela é
Se a palavra serve para saber o que a pessoa quer, vivo descansado o suficiente para ser sincero
Com o meu ego, e com o meu rap que o cenário pede