Vitor Brauer
Esqueletos
Beberrões, velhos peões, fizeram mal
E declararam guerra ao celestial
Beberrões, amos, peões
Jogaram mal
Apostaram todas fichas no pleito astral
Beberrões, pobre peões, provaram o sal
E tontos gargarejam
E tontos amam o pó

O que pouco dizem nos fazem dó
Se martirizem, e troquem os lençóis

Beberrões, os ancioes, cuspiram o ar
E fingiram fazer música em qualquer lugar
Beberrões, os palavrões foram escapar
Do peito dos que pouco podem opinar
Sobre a própria arte, que desgaste, vamos aceitar
Da forma que foi feito, melhor se adequar
A canção que plena, foi serena, já não é mais
Pois gênios nascem ocos, pois gênios são audazes

O que pouco dizem nos fazem dó
Se martirizem, finjam que é só
Cadê o abrigo? Cadê a vontade?
Se seu umbigo é bem maior
Não faz sentido, ficou o nó