​holympo
Porcelana
[Verso 1]
É black and white tipo panda
Fico universal quando o universo manda
Pus as cartas na mesa, sempre com um trunfo na manga
Foco o exterior mas às vezes ele engana
Exploro o interior só para ver se é tudo tanga
Não anda nem desanda, suor numa mentira que me atira, até Tresanda
O rei na barriga nunca precisou de banda
Todo o ser humano é mano, mas por vezes sangra

[Refrão]
E claro que é Deus que manda
No meio da escuridão só a voz do ser me chama
No meio da escuridão só a sós na minha cama
Forte como aço mas eu parto em porcelana, a minha mente Humana
E a minha mente engana
Vive em peripécias numa festa que me trama
Tantos trambolhões, contusões preso na lama
Tudo o que eu não fui num prato de porcelana, a minha mente humana
E a minha mente

[Verso 2]
Mente, claro que eu já fui crente que eu sou diferente
À frente num passo lento, invento um sentimento
Uma jornada prolongada pelo ouro em bruto
Abençoada pelos sonhos de um miúdo
A minha estrada é feita
E desfeita quando aceita que o meu sangue deita aquilo que a mente ajeita
E se o meu sangue for castanho, o derrame é o que eu tenho
E é na merda que eu desenho como é que ela ajeita
Agora vou com o vento
E vou vendo envolvendo nomes que eu nem compreendo
Às vezes nem me entendo, há meses que já nem tento
Já nem perco tempo a pensar no tempo
Porque mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mudam-se as verdades, as caras-metades, as simplicidades, sempre
Mudam idades, perdem-se igualdades, vou criando entraves às saudades que eu já tive do que eu não vou tendo
Encaro irreverente
O passado foi passado e ultrapassado, passei-me com ele
E para quem vê por dentro, explora internamente
Vê que eu sou só um bocado do meu passo dado passado eternamente
São métricas à frente
Matemáticas linfáticas sem pensamento
Se um dia eu cair na raiva só peço que o mundo saiba
Que por mais que o puto caia ele vai estar presente

[Refrão]
E claro que é Deus que manda
No meio da escuridão só a voz do ser me chama
No meio da confusão só a sós na minha cama
Forte como aço mas eu parto em porcelana, a minha mente Humana
E a minha mente engana
Vive em peripécias numa festa que me trama
Tantos trambolhões, contusões preso na lama
Tudo o que eu não fui num prato de porcelana, a minha mente humana
E a minha mente
[Verso 3]
Vagueia vagamente pelo mar vermelho
Presa no deserto vira escaravelho
Sente o bafo a medo quando eu vejo um prego
Tentar seguir a visão que me deixou cego
É construção de LEGO, preso num castelo velho feito em tom de belo
Mas se a bela quer um monstro eu demonstro o que eu não penso, porque o resto é sentimento e isso eu já não quero

[Refrão]
E claro que é Deus que manda
No meio da escuridão só a voz do ser me chama
No meio da confusão só a sós na minha cama
Forte como aço mas eu parto em porcelana, a minha mente Humana
E a minha mente engana
Vive em peripécias numa festa que me trama
Tantos trambolhões, contusões preso na lama
Tudo o que eu não fui num prato de porcelana, a minha mente humana
E a minha mente-me