DJ Caique
O Bandido da Lupa Vermelha
[Intro]
Me traz um beat foda
Porra, foda, ha!
Após 351 anos, 9 meses e 3 dias de prisão
Eu tô de volta
Bandido da Lupa Vermelha
Ha-ha!

[Verso 1]
Sou Patrick, igual Psicopata Americano
Chamamos putas; nós transamos e filmamos
No final da noite, esquartejamos, enterramos
E, pros seus comentários, nós cagamos e andamos
Definição de tudo aquilo que é mais asno
Nojento como duas velhas tendo orgasmo
Mutilações de corpos não me deixam pasmo
Encaro a morte com um senso de sarcasmo
Mais que um cão, eu farejo
Igual um leopardo fareja
Criminoso inteligente, igual Leonardo Pareja
Tenho um instinto assassino
Quem puder, que se proteja
Sangue: no começo, goteja
No final, já despeja
Minha vida é obscura
Como os planos da Igreja
Pra ela ter um pouco de luz
Fumo um beck e tomo uma breja
Enquanto meu time esquarteja
Me diz qual membro deseja
Tipo um açougueiro humano
Fatiando sobre a mesa
Bandido da Luz Vermelha
Com a mente alterada
Foda-se a população
Não me param com cadeiradas
Sou a morte em concreto, sou a vida abstrata
Sobrevivo a eras, mas não tenho sangue de barata
Saqueador, como pirata
Acrobata no trapézio
Tá pra nascer quem me mata
Eu sobrevivi ao césio
Sempre fui autodidata, fugi cedo do colégio
Um lugar que te destrata nunca vai ser privilégio

[Intervalo]
Ae, tô na necessidade de uns instrumentais...
Psicopatas que poderem patrocinar, entrar em contato!

[Verso 2]
Mas desde 76
Já assisti a profecia
Nunca liguei
Pra merda de bom dia e companhia
Eliana ou Novela
Angélica ou fada bela
Pra mim tudo foi balela
Minha cultura é paralela
Quando coração congela Landemberguer contra-ataca
Se me ver na rua gela, porque vê a sombra da faca
Quando ver o bico da doze
Vai ver que eu não sou pose
Exorcizei Emily Rose
Chapadão fumando um chosen
Depois que sai de um baile a polícia me parou
Troquei porrada com os Steve depois que eles me xingou
Sou calmo enquanto posso, mas não aturo desaforo
Toda treta que eu começo acaba no abatedouro
VMG me deu ação, Roletão me deu apoio
Cheguei sózinho no baile e saí com um comboio
Voltando pra minha caverna fui saber da notícia
Um psicótico fugiu depois de sumir 2 polícias
Faminto, como os olhos
Eu escuto o chamado
Que escolheram entre tantas facas, armas, serras, machados
Porque o que te fere na minha pele não dói
Jamais pagarei de herói
Nunca serei igual HellBoy!
O BOPE só tem ibope
A GATE pego de engate
A GIRO nunca deu tiro
Me bate, vem pro combate
De dia tudo vadia
Estilo lente suspira
Patrick alma sombria
O mais novo serial killer!

[Refrão]
É só bandido, pra eles
Pra mim, é o que o mundo faz
Pá-pá-pá!
Trick te joga pra trás (vai!)
Na minha frente, ajoelhe
E implore pela sua paz
(Espera!) Pá-pá-pá!
Trick, como os canibais

[Verso 3]
Filmes japoneses, fico louco por meses
Monstros me assombram menos que a Glória Menezes
Tenho sede por sangue
E amor à literatura
Gótico tuberculoso (cof, cof)
À procura de tortura
Destruindo todo o luxo
Cheio de bala no cartucho
Se fosse da Idade Média, seria o pior dos bruxos
Causaria cegueira em quem me quisesse na fogueira
Com magia negra
E profanas, como feiticeiras
Patrick, uma força sísmica
Abalando a fortaleza
Enchente que leva ao rio
Te afogando na correnteza
Transformando todo o asfalto em água, igual Veneza
Eu sou a corda que desvia (ahhh!)
No meio da tirolesa
Odeio os pimps
Rap é rua, não escritório
Suas correntes só te prendem
Ao seu mundo ilusório
(Talvez) Tu era o garoto excluído no refeitório
(Talvez) Tente esconder tudo isso com um repertório
Eu passo por assassino e vítima, igual monólogo
Não faço tratamento
Eu que trato meu psicólogo
Vivo e sou homólogo às artes de Ed Gein
Eu faço com couro humano
Meus sapatos mocacin

[Refrão]
É só bandido, pra eles
Pra mim, é o que o mundo faz
Pá-pá-pá!
Trick te joga pra trás (vai!)
Na minha frente, ajoelhe
E implore pela sua paz
(Espera!) Pá-pá-pá!
Trick, como os canibais