DJ Caique
Cartas Na Mesa
[Verso 1]
Os dias passam
E as portas trancadas
Eu preso no quarto
Com granadas
Armado com as poesias fartas
Coloquem as cartas na mesa
Quero ver quem blefa
Lê meu coração e entenderá bem a tarefa
Revolta e amor, sou um divisor de águas
Onde consigo me livrar de pragas presas em mim
Por pessoas que são mal intencionadas
Dou fim em sombras que rodeiam, que sugam a minha luz
E depois me querem na cruz, como Judas fez com Jesus
Me odeiam porque prego pelos 30 milhões
Que não sabem escrever
Penso no que vou dizer, se fumo ou se não
Isso não é interessante pra você
Dou importância no que vai fazer minha mente pensar
E com ela a mudança que pode acontecer
Ninguém aguenta mais, mas não sabem o que fazer
Desmanche no Brasil
A sujeira acumulou é tanto horror perante o céu
Parece besteira cruel, doutor
Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Collor
E mais vários ratos safados sem pudor
O povo é incolor aos olhos de quem tem poder
Preferem ver a dor das pessoas
Do que dar condições pra elas viver
Pra elas viver, porra!

[Refrão]
]Debaixo do sol tudo é vaidade, eu sei
O mundo desaba ao meu redor
Mas não aceito o que querem me impor
Escrevo pra me libertar, escrevo pra te auxiliar
Escrevo pra me proteger dos demônios que rondam o mundo

[Verso 2]
A minha alma vive presa nas correntes
Desta liberdade o meu olho só enxerga a realidade
Nada de mentiras, a ira que trago não coaduna com mentiras
Nem com prática de quem só tira
Oque é o do povo, o que é de todos
E não vê barreiras de impedimentos
Pra encher de dinheiro seus bolsos
Eu ca não quero limpar o que esses homens defecam
Não quero ser a marionete que eles movimentam
Estou de pés firmes e não recuo com a minha exigência
Com honra marco um passo da minha existência
Estou vendo um barril de pólvora que está prestes a arrebentar
Cuidado, Angola não vai aguentar
A poesia é o refúgio do poeta, tintas viram balas
Quando a arma usada é a caneta
Cada letra é um tiro, isso é revolução, desperta
Cada letra é um tiro, homens mantenham-se alerta

[Refrão 2x]
Debaixo do sol tudo é vaidade, eu sei
O mundo desaba ao meu redor
Mas não aceito o que querem me impor
Escrevo pra me libertar, escrevo pra te auxiliar
Escrevo pra me proteger dos demônios que rondam o mundo