Drik Barbosa
Elza
[Verso 1: Drik Barbosa]
Eu vim do planeta fome
Vivo, sonho, Elza
Trago esperança nos olhos
Vivo, canto, Elza
Sou verdade, sou alma!
Meu canto é luz que aflora
Meus passos marcam a história
Passado foi cheio de espinhos, mas meu nome é agora
Minha voz encanta e alerta, alfinetes e sonhos
Cantei amor que nem Caetano
E acreditei nos sonhos
Dirigindo a minha vida
E não permito freios
Mulher negra, vivida
Sempre vencendo os medos
Vim do fronte da guerra
Sempre pronta pra guerra
Levo amor na minha voz
E a coragem próspera
A carne mais barata sempre venceu as treta
Santo Deus me fez forte!
Resisti! Mulher preta!
O amor me ensinou muito
A dor foi minha escola
Chorei nas avenidas
Reinventei minha história
Recomecei do zero
Sempre que foi preciso
Passado foi cheio de espinho
Mas meu nome é agora!
Hey, hey... Meu nome é agora
Hey, hey... Viva Elza!
Hey, hey... Meu nome é agora
Hey, hey... Viva Elza!

[Verso 2: Tatiana Bispo]
Uuh, divina ela vai passar
Uuh, divina Elza vai cantar
Uuh, com sua luz sempre a brilhar
Uuh, majestade força a inspirar
Uuh, divina ela vai passar
Uuh, divina Elza vai cantar
Uuh, com sua luz sempre a brilhar
Uuh, majestade força a inspirar
Espírito livre pra cantar
Menina faceira
Voz forte para nos mostrar
A rainha é brasileira
Let it go, let it go'utras Elsas
A nossa é linda, é a verdadeira
Se somos fogo ardendo pra lutar
Reverencio a referência

[Verso 3: Tássia Reis]
Quem ouve dizer, não consegue entender como sobrevivi
(Elza, Elza)
Sou o que tinha que ser e batalhei pra ter a chance de existir
Cês no berço de ouro, enquanto eu carregava as lata
Descobri meu tesouro, e aprendi a juntar as prata
Sou a força do mundo, mas cês me queria fraca
Queria fraca, eu não sou fraca!
Influenciando gerações, trazendo indagações
Escancarando os portões
Quebrando de novo os grilhões, quebrando de novo os grilhões
Não botaram fé que uma mulher preta como a noite é a revolução
E agora que é, aplaudam de pé
Preu acreditar que foi evolução
Diga como é vencer sem escoriação?
E outras vir a ser sem tanta humilhação
E hoje ver crescer tantas que já são, já são
Já são, han, pra uns é dom, pra muitas é uma missão, hey!

[Verso 4: Stefanie]
Eu já pastei, eu me virei
Só pra chegar onde eu cheguei
Por isso agora, estou na hora
De dar um clique em quem pisar no que eu plantei
Canais na madrugada sem censura
Mais preocupada com meu filho e sua temperatura
Acham que eu tô na esbórnia, na loucura
Passei a noite em claro em busca de uma cura
Texto fora do contexto, será que a vida me testa
Há quem fale que eu não presto, não conhece e me detesta
Tô sem tempo, precisando de uma festa, preguiça pra debate
Visando meu futuro, zen, tomando meu chá matte
Os bad vibe não me abate, os good vibe tão comigo, a gente atrai, né
Quem trai cai né, então sai, dou bye-bye
O que vem de baixo não me atinge, disse Elza, não nos lesa
Entregamos a Deus os que fingem na nossa reza

[Verso 5: Karol de Souza]
Bato no peito bem forte
Eu vim pra falar de amor
A torcida falou mal de mim
(Bato no peito mais forte)
Eu venci o rancor
Fiz meu corre, vim da fome
Ainda tô que tô
Os melhor se reconheceram em mim
Louis Armstrong viu meu flow, tudo bem, se impressionou com meu dom
Por amor eu fiquei do lado do jogador
Da paixão, fui refém
Minha voz me consagrou
Do começo ao fim do mundo
Mulher preta e sem senhor
Dificuldades eu supero, se eu abro meu peito e berro
Sou o jazz e o samba num só som
Sou mais que verde e amarelo, meu corpo é amor sincero
Sou o jazz,o samba, o som
Dificuldades supero, abro meu peito e berro
O jazz e o samba num só som
Mais que verde e amarelo, corpo amor sincero
O jazz, o samba, o som

[Verso 6: Alt Niss]
Com dor no ventre eu venci a corrida
Se eu sou pra sempre é pela minha história
Piso com força em terra de bacana
Minha voz é faca e crava minha glória, glória
Quantos por mim passaram, pisaram, pisaram e tiraram?!
Minha voz se foi e eu fui nada em troca do seu status
Mas quem ficou, quem gritou, quem ditou, quem amou, quem?
Quem da lama levantou cada vez que foi preciso
Sou uma em um milhão, mas sou todas dentro de mim, sou
Amei, amei, amei porque amo o que eu vejo no espelho
Vim das margens, sou estopim
E vou cantar até o fim