Raimundos
Carrão de Dois
Gatinha dos olhos de amendoim
Pediu uma carona, eu dei
Homem, essa mulher me deu uma canseira
Que até hoje eu não descansei
E passa a quinta, é mão aqui e ali
Apressadinha, quer engatar de primeira
Me levou pro banco de trás, velocidade
Logo a pastilha do freio comeu
E derreteu na gente
Viu a polícia e passou o sinal
Quando eu percebi
Que meu motel sobre rodas
Era movido a bafo no vidro
Inocente, ela deixava o motor quente

E fez voar meu Corcel
Rumei pro norte
Vi o sertão e fiquei por ali
Criando bode
Como é bom amar no céu
E ir pra qualquer parte
Voando no chão, eu renasci
Novo e forte

O combustível da minha vida é aquela mocinha linda
Que jamais esquecerei
E desde o dia que ela se foi
Nunca mais voei

E fez voar meu Corcel
Rumei pro norte
Vi o sertão e fiquei por ali
Criando bode
Como é bom amar no céu
E ir pra qualquer parte
Voando no chão, eu renasci
Novo e forte