Quil
O Fim Do Que Nunca Aconteceu
Esse é o fim do que nunca aconteceu...
Olho no espelho, mas não vejo meu eu... não...
Lavo meu rosto na pia, hoje vai ser o meu o dia
Num posso mais deixar essa porra escapar
Meu relógio anda rápido a vera
E tá na hora de eu virar essa merda de jogo
Sou vagabundo, pouco louco
Já disse e vou repetir que tudo que eu disser ainda é pouco...
Enjoado, vim pra grudar nos teus tímpanos
Luto pela minha família e pelos meus manos
Até o último suspiro eu não paro
Paro só um minuto pra acender meu cigarro...
Bom tempo era aquele da cascudinha na praça...
Tocando as campainha, quebrando as vidraça
Médico das amiguinha, pena que o tempo passa
Só lembrar dos que se foram o meu olho embaça


Levanta a cabeça, engole choro segura o soluço
Fundo do poço, o melhor lugar pro impulso
Apenas um canal pra repassar o que aprendi sem discurso
Embora tu interprete tudo que eu digo como ilógico
É lógico, minhas falhas impediram de ter você comigo de novo...
Me perguntaram se eu me arrependo?
Disse que não, e que faria tudo igual e com gosto de novo...
Sei que ainda tenho muita estrada pra percorrer...
Ultimamente duvido até do porquê dos por ques...
Sentimentos tão fracos... virei um monstro no exílio
Mas se eu desistir agora... o que vai ser do meu filho
Não sei qual é do futuro, vivendo pra esquecer
Preparado pra tudo, até pro que nem vai acontecer...
Tanta coisa a dizer, na hora fiquei mudo...
O medo de perder, nunca me impediu de arriscar tudo