Parteum
Cortexiphan #09
Só penso no dinheiro quando falta
Vermelho, fim de mês
A conta grita feito homem do gás
Meu flow é ultra feito Chris "Bobby Banana"
Sempre Mzuri Sana
Esqueça 013 e 012
Elevo mentes pelo fio que liga voz ao infinito, denovo
Repito o que escrevi no meu caderno em voz alta
Apareci no palco sob as luzes da ribalta e sumi
Gente frívola, eu vivo da
Possibilidade de vencer sem me perder no que disseram do que fiz
Entenda a terapia que dissassocia os seres que
Vivem pra rimar dos que rimam pra viver
Alguns clamam poder mas se encantam com o efeito
Eu sigo do meu jeito
O irmão do tal sujeito que esteve na São Bento
Entre latas e bboys, caos, ritmo e dança
Trens, poesia e esperança
Eu nunca tive tudo mas eu nunca tive nada
Se a luta for armada eu tenho livros
Se a guerra for versada eu tenho armas
Desde o tempo do porão, figura de linguagem
Entrego-me a viagem de pintar quadros modestos de quem sou
Revelação dos monstros que assombram minha criação
Aos poucos os transformo em pontos na multidão
Água turva, copo trincado
Água pura, filtro limpo
Mente sem cadeado
Desmonto mágoas, monto quebra-cabeças só dúvidas
A lógica do caos é sinfonia sem querer
Eu devo ter passado aqui milênios
As fases do farol são sempre as mesmas
Parte do meu cérebro evita responder qualquer estímulo contrário a vontade do meu coração
Flutuo enquanto aprendo a me enxergar na luz certa
Oração direta, ligue os pontos
Bem pouco estava pronto quando aqui cheguei
Venci e me vinguei, sorri sozinho como fazem ditadores
(nos palácios que imaginam)
Discuto com o destino todo dia enquanto corro
Escorro da testa de trabalhadores
Protejo os meus valores feito reis defendem reinos

(Ele poderia mudar a realidade com pensamentos?)